O Instituto de Gestão das Participações do Estado moçambicano (IGEPE) arrecadou, no primeiro semestre deste ano, uma receita de 295,43 milhões de meticais (o dólar EUA vale cerca de 30 meticais), contra 163,11 milhões obtidos em igual período de 2010, o que corresponde a um aumento na ordem de 81 por cento.
Esta informação foi anunciada, sexta-feira, em Maputo, no decurso do 14º Conselho Consultivo daquela instituição, realizado sob o lema “Por uma contribuição do sector empresarial do Estado no emponderamento do empresariado nacional”.
Segundo o “Diário de Moçambique” o incremento registado deveu-se ao aumento dos dividendos na participação no sector financeiro e à alienação das acções do Estado aos gestores, técnicos e trabalhadores da Petromoc.
Falando à margem do encontro, o ministro das Finanças, Manuel Chang, destacou que o desempenho do IGEPE é “positivo, pois mostrou-se igualmente produtivo ao nível da regulamentação, nomeadamente na preparação da Lei das Empresas Públicas, Lei Complementar sobre Parcerias Público-Privadas, Projectos de Grande Dimensão e Concessões Empresariais e ainda a Lei sobre o processo de transmissão das participações do Estado reservadas aos gestores, técnicos e trabalhadores”.
“Quanto à intervenção do IGEPE junto das empresas, sociedades anónimas do sector público e empresas públicas, sentimos que tem sido efectiva, uma vez existir uma ligação com os representantes dos ministérios sectoriais, representantes do Estado nas empresas e com os gestores das empresas do Estado”, frisou o governante.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração do IGEPE, Hipólito Hamela, disse que a instituição “carrega neste momento o peso de 48 participações dos gestores, técnicos e trabalhadores, cuja transferência deve ser acelerada, ao abrigo da legislação recentemente aprovada”.