O Instituto de Formação de Professores de Inhaminga, no Distrito de Cheringoma, em Sofala, está privado de corrente eléctrica desde a tarde de terça-feira devido a falta de pagamento da dívida com a Empresa Pública Electricidade de Moçambique – EDM-EP.
Segundo constatamos no local, as áreas afectadas na sequência do corte efectuado pela EDM são os dormitórios masculino e feminino com trezentos internos, salas de aulas incluindo uma sala de informática e a residência do próprio director do instituto. Consta que a dívida atinge cerca de duzentos mil meticais, valor acumulado desde 2009. O Instituto de Formação de Professores de Inhaminga é uma instituição tutelada pelo Ministério da Educação e o orçamento de funcionamento da instituição é proveniente dos cofres do Estado. O recinto do instituto contempla residências para os formadores, mas estas não foram afectadas pelo corte efectuado pela EDM por não possuírem divida.
Cada formador paga individualmente o valor correspondente ao consumo de energia mensal. A Vila de Inhaminga beneficia de corrente eléctrica da rede nacional desde Maio de 2008, sendo que o Instituto de Formação de Professores foi uma das primeiras instituições locais a beneficiar da ligação. Em Inhaminga O Autarca apurou que o referido instituto possui um gerador que serve de fonte alternativa de fornecimento de energia, que geralmente devia ser usado quando se verificam cortes ao nível da rede nacional gerida pela EDM. Entretanto, desta vez o gerador não está a ser utilizado alegadamente devido a falta de óleo lubrificante. Além disso, a sua capacidade permite apenas fornecer corrente eléctrica a parte das instalações tamdo instituto, sendo que predominantemente tem sido priorizado o bloco administrativo e o refeitório. Soubemos ainda que o Instituto de Formação de Professores de Inhaminga inscreveu para o presente ano lectivo mais de 1.500 candidatos, os quais cada um pagou o valor médio de 120 meticais, totalizando cerca de 180 mil meticais.
Consta que normalmente esse valor tem sido aplicado para o pagamento dos formadores que são envolvidos no processo de correcção dos testes de admissão. Todavia, este ano até o presente momento os formadores ainda não beneficiaram desse dinheiro. Um dos formadores indicou ao nosso jornal que a direcção do instituto alegou que pretendia usar o mesmo valor para pagar a dívida de energia com a EDM, mas já passam mais de dois meses. Ainda segundo a mesma fonte, devido o corte de fornecimento de energia eléctrica, o Instituto de Formação de Professores de Inhaminga está também a enfrentar dificuldades de abastecimento de água, visto que o precioso líquido é distribuído internamente com recurso a uma moto-bomba. O formador indicou que desde terça-feir os formandos são obrigados a retirar água directamente das cisternas com recurso a baldes, receando a contaminação do preciso líquido o que poderá resultar consequências ainda mais graves.
O Director do Instituto de Formação de Professores de Inhaminga responde pelo nome de António Muchenessa, o qual se encontra a desempenhar o cargo desde 2003 ou seja, a cerca de sete anos. Bacharel em Ciências de Educação pela Universidade Pedagógica – Delegação da Beira, Muchenessa já foi Director do Centro de Formação de Professores Primários de Chingussura, arredores da Cidade da Beira, na década oitenta, e posteriormente Director Adjunto Pedagógica do então Instituto de Magistério Primário (IMAP) de Inhamizua, tambem na periferia da capital provincial de Sofala. O primeiro Director do Instituto de Formação de Professores de Inhaminga, refira-se, foi Francisco Itai Meque, que posteriormente foi promovido a Director Provincial da Educação de Sofala, Governador da Província de Inhambane no mandato passado e actualmente Governador da Província da Zambézia.