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INSS tinha virado campo de interesses alheios

A Ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, criticou, hoje, de forma severa, o comportamento de alguns funcionários e gestores do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) que, no passado, mancharam a imagem da instituição. 

Falando na cerimónia de empossamento de dois novos administradores daquela instituição subordinada ao Ministério do Trabalho (MITRAB), Taipo disse que, em ocasiões anteriores, manifestou preocupação em relação a certos actos administrativos ilícitos, a insubordinação hierárquica e falta de cultura de prestação de contas à sociedade sobre o processo de gestão do INSS.

“Tivemos que chamar a atenção, na devida altura, sobre certos comportamentos que não dignificavam a instituição, ao se pretender transformar o INSS num campo de batalha de interesses alheios e inconfessáveis, para além do conflito gerado no passado entre diversos órgãos internos, produzindo uma débil articulação funcional”, disse.

Contudo, segundo a governante, diversos aspectos que no passado mancharam a imagem do INSS foram corrigidos, apesar de alguns funcionários e gestores daquele órgão ainda não terem percebido estarem fora do contexto da nova filosofia administrativa caracterizada por total transparência e prestação de melhores serviços aos utentes.

Este discurso da Ministra era principalmente dirigido ao colectivo de Administração do INSS, cuja composição se tornou hoje completa com a tomada de posse, momentos antes, dos dois administradores (representantes dos empregadores) indicados pela Confederação das Associações Económicas (CTA). Trata-se de Adelino Buque e Eduardo Macuacua, ambos pertencentes a CTA.

Eles juntam-se a outros quatro administrados já empossados, sendo dois representantes do Estado e outros dos sindicatos, ao representante da Ministra do Trabalho e ao Presidente do Conselho de Administração, Inocêncio Matavel, este último empossado na semana passada. “Olhando para este novo grupo de trabalho, que será superiormente liderado pelo Dr. Inocêncio Matavel, acreditamos que todas essas barreiras não voltarão a aparecer, desde que discutam os assuntos com serenidade, abertos e sem paixões, por forma a garantir a continuidade de uma organização interna de maior eficácia em prol de uma segurança social mais ousada e robusta”, disse Taipo.

Em contacto com a AIM, os dois administradores afirmaram esperar enormes desafios, mas prometeram se empenhar no sentido de os superar. Eduardo Macuacua disse, por exemplo, acreditar que trabalhando com o colectivo de Direcção do INSS será possível satisfazer cada vez mais as necessidades das famílias e dos contribuintes e atrair a confiança destes grupos para os quais foi criada a instituição.

Por seu turno, Adelino Buque apontou como alguns dos desafios a necessidade de persuadir os empregadores a cumprirem com as suas obrigações de canalizarem os descontos dos trabalhadores ao sistema do INSS e o alargamento da base de contribuintes através de atracção de novos membros.

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