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Inspectores da ONU pressionam Irão por acesso às instalações militares

Um alto funcionário da agência nuclear da ONU iniciou, Sesta segunda-feira, dois dias de reuniões com autoridades do Irão e pressionou-lhes a permitir o acesso de inspectores à informações, pessoas e instalações suspeitas de envolvimento no programa atómico do país.

As reuniões em Viena antecedem às discussões marcadas para próxima semana em Bagdad entre o Irão e seis potências mundiais.

Os inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA, um órgão da ONU) participaram, este ano, em duas reuniões em Teerão, sem conseguirem progressos notáveis, especialmente acerca da solicitação de acesso à instalação militar de Parchin, onde a entidade suspeita a existência de pesquisas relevantes para o desenvolvimento de armas atómicas.

As potências estrangeiras já impuseram várias sanções ao Irão por causa da suspeita de que o seu programa nuclear esteja voltado para o desenvolvimento de armas, o que Teerã nega.

“A meta dos nossos dois dias de negociações é alcançar um acordo sobre uma abordagem que resolva todas as questões remanescentes com o Irão”, disse aos jornalistas Herman Nackaerts, subdiretor-geral da AIEA, ao chegar a uma missão diplomática iraniana num bairro elegante de Viena.

“Em particular, o esclarecimento de possíveis dimensões militares continua a ser nossa prioridade… É importante agora que possamos envolver-mo-nos na substância dessas questões, e que o Irão nos permita o acesso à pessoas, documentos e informações locais.”

Os diplomatas ocidentais observam com atenção as negociações, buscando sinais de que o Irão estaria disposto às concessões concretas, o que seria um sinal encorajador para as discussões em Bagdad.

Depois dum hiato de 15 meses, as negociações do Irão com seis potências mundiais, EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha, foram retomadas, mês passado, em Istambul.

À frente da missão diplomática de Viena, um pequeno grupo de simpatizantes da oposição iraniana gritava palavras de ordem e pedia às potências mundiais que “parem de dar mais tempo” ao desenvolvimento duma bomba atómica por Teerão.

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