Está cada vez mais a agravar-se a insegurança alimentar no Sul de Moçambique “duramente fustigado pela seca cíclica”, segundo o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Para mitigar o número crescente de óbitos que já se registam por causa da deficiência alimentar na região, aquele organismo internacional formalizou sexta-feira passada, a partir de Maputo, um pedido de ajuda adicional de 500 mil dólares norte-americanos à Organização das Nações Unidas (ONU), segundo Maria Zimmermann, representante do FAO em Moçambique.
Zimmermann não detalhou o destino concreto do fundo solicitado, reiterando apenas que a “situação da escassez de chuva é grave nas províncias de Gaza, Maputo e Inhambane e nalgumas do Centro e Norte do país, daí a necessidade de reforçarmos as acções de socorro feitas pelo Governo para mitigação do impacto negativo da seca severa”.
Foram, entretanto, em vão esforços do Correio da manhã visando apurar o número de camponeses duramente afectados pela estiagem e das medidas concretas que estão a ser tomadas pelo Governo. Fonte do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) estimou em apenas 30 milímetros a quantidade de precipitação registada há cerca de uma semana, no Sul do país, volume considerado por Boaventura Nuvunga, director nacional dos Serviços Agrários, de “insignificante para a gravidade da situação” na região.
Dados da última avaliação da precipitação em Moçambique divulgados pelo INAM apontam que a mesma região não terá chuva até Março de 2010 e precipitação normal nas restantes regiões do país.