Visando aumentar e garantir a qualidade de nove produtos moçambicanos destinados à exportação, os Estados Unidos da América (EUA) acabam de desembolsar a favor de Moçambique cerca de 20 milhões de dólares norte-americanos.
Os produtos são das áreas de Agricultura e Florestas e o valor está a ser aplicado, basicamente, em acções de melhoramento da qualidade dos mesmos e na produção e processamento da madeira, castanha de caju, gergelim, milho, soja, banana, mangas, amendoim e ananás.
“Moçambique está a enfrentar muitos desafios para que a sua indústria atinja padrões de qualidade exigidos internacionalmente para assegurar um espaço no mercado global”, indica um documento da Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID) apresentado esta quinta-feira em Maputo, num encontro de várias instituições públicas e privadas dos Ministérios da Agricultura e para a Coordenação da Acção Ambiental. Segundo o mesmo documento, nos últimos 10 anos registaram-se “significativas alianças estratégicas entre o Governo, agências de desenvolvimento e produtores graças às melhorias registadas no ambiente de negócios”, refere ainda a USAID.
Os produtores da região Centro e Norte de Moçambique serão os maiores beneficiários do projecto e “o horizonte é ajudarmos os produtores a alcançarem novos mercados emergentes como os do Médio Oriente”, assegurou Carlos Costa, director da AgriFUTURO, um programa em desenvolvimento no país e financiado pela USAID, abrangendo as áreas agrícola e florestal.
O evento abordou ainda questões relacionadas com o fortalecimento das parcerias público-privadas, reconstrução da produção do caju e ainda abordagens ergonómicas na indústria florestal moçambicana. Refira-se que parte do financiamento da USAID destina- se ao apetrechamento de uma unidade laboratorial em Nampula, para prevenção contra contaminação daqueles nove produtos pela afloxina, uma doença responsável pela destruição de plantas.