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Inimigo de Putin pede protestos contra resultados das eleições municipais em Moscovo

O líder de oposição russo Alexei Navalny convocou os seus apoiantes para se reunirem, esta Segunda-feira (9), em protesto contra os resultados das eleições para a edilidade de Moscovo, que ele afirma terem sido fraudadas em favor do Kremlin.

Os resultados das eleições de Domingo para escolha do novo edil mostraram que o aliado do Kremlin, Sergei Sobyanin, superou por pouco a marca de 50 por cento necessária para vencer na primeira volta. Navalny desafiou o resultado e exigiu um desempate.

Estimulado por um desempenho inesperadamente forte de 27 por cento, que o colocou em segundo lugar, Navalny aumentou a perspectiva de um novo embate sobre eleições na Rússia, 19 meses depois de alegações de fraude nas eleições parlamentares inspirarem os maiores protestos contra Putin desde que ele chegou ao poder em 2000.

“Apelamos a todos os cidadãos honestos que se preocupam com o destino da cidade para vir hoje para o comício oficialmente autorizado na Praça Bolotnaya para apoiar as nossas exigências e aguardar o resultado das negociações”, disse Navalny, 37, em comunicado.

Ele pediu para conversar com as autoridades da cidade sobre as alegações de fraude que, segundo ele são apoiadas por observadores eleitorais, cuja contagem não oficial colocam Sobyanin, prefeito nomeado pelo Kremlin em 2010, com pouco menos de 50 por cento.

“Ontem, descobrimos que podemos vencer. Agora temos que entender se podemos defender a nossa vitória”, disse ele. “Conseguimos chegar a segunda volta, mas novamente a tiraram de nós.”

A praça Bolotnaya foi cenário do último grande protesto contra Putin a 6 de Maio de 2012, às vésperas da sua posse para um terceiro mandato como presidente. A polícia dispersou os manifestantes depois dos confrontos e prendeu mais de 400 pessoas.

Os líderes de oposição consideram o protesto de 2012 como o início de uma repressão aos dissidentes para reprimir a dissensão ao poder de Putin, e consideram os protestos desta Segunda-feira como uma oportunidade de reavivar as manifestações.

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