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Inicia retirada coerciva das zonas de risco

As populações que vivem nas zonas de risco de inundações ao longo do Vale do Limpopo, na província de Gaza, sul de Moçambique, já estão a ser retiradas coercivamente. A operação iniciou, último Domingo e, decorre nos distritos de Guijá e Chókwè. A medida visa fundamentalmente evitar a perda de vidas humanas devido às inundações decorrentes das descargas da barragem de Massingir, que, nesta altura, afectam, com alguma gravidade, as regiões de Macarretane e Chilembene.

Nestes locais ainda há pessoas que se recusam a abandonar as suas casas, alegadamente por temerem que larápios retirem os seus bens.

Segundo o delegado do Instituto de Gestão de calamidades (INGC), na província de Gaza, Manuel Machaieie, nos últimos dias, já foram evacuadas coercivamente mais de 100 famílias.

“Neste momento, colocamos na zona afectada militares e fuzileiros navais para ajudarem a realizar essa operação coerciva, porque a população não quer sair do local. Na operação que estamos a fazer em Guijá envolvemos a Polícia para nos ajudar a retirar as populações que resistem em ficar nas zonas de riscos onde fazem as suas machambas”, disse Machaieie, citado pela Rádio Moçambique.

A fonte frisou que algumas populações retiradas das zonas de risco se dirigem às casas que elas possuem nas zonas altas, resultado do trabalho de reassentamento efectuado no ano passado, em zonas seguras.

“Queremos apelar às famílias que vivem nas zonas de riscos para que tenham também casas nas zonas seguras, onde possam se refugiar, guardar bens e valores e não tenham que viver em algum momento em situações embaraçosas em centros de trânsito”, exortou.

Estima-se que as chuvas tenham inundado mais de dois mil hectares de culturas diversas no perímetro irrigado de Chókwè.

No Posto administrativo de Macarretane, onde o rio transbordou, invadiu uma série de campos de cana-de-açúcar da empresa Agro-Sul, machambas de pequenos e grandes agricultores daquela região.

Enquanto isso, pelo menos três pessoas são dadas como desaparecidas no distrito de Guijá depois de terem sido arrastadas pelas águas do Rio Limpopo.

Trata-se de uma mulher e duas menores que, no último domingo, foram surpreendidas pela corrente de água quando tentavam atravessar um canal.

As vítimas saiam da machamba para casa. Machaieie disse que os corpos ainda não foram localizados devido as fortes correntes de água que se registam na zona do incidente.

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