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Infracções na condução matam 24 pessoas em Moçambique

As estatísticas da Polícia da República de Moçambique (PRM) sobre a (in)segurança rodoviária permanecem caóticas e pouco promissoras para a redução do derramamento do sangue nas estradas e luto nas famílias. Vinte e quatro pessoas morreram e 29 ficaram feridas, 16 das quais com gravidade, entre 30 de Julho passado a 05 de Agosto corrente. As infracções por excesso de velocidade também persistem sem freios.

Dos 27 acidentes de viação que chegaram ao conhecimento das autoridades da Lei e Ordem, no período em análise, pelo menos 17 resultaram da inobservância dos limites de velocidade. Trata-se de um problema recorrente, que, a par de outras anomalias que atentam contra as normas impostas pelo Código da Estrada, exige outras formas de tratamento.

Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, disse, na terça-feira (09), no habitual briefing à imprensa, que houve 23 acidentes de viação a menos comparativamente a igual período do ano passado. O número de óbitos também reduziu em 12 casos, os feridos graves em 14 e as vítimas com traumas leves em oito.

Ainda na semana finda, 20.284 condutores, 40.597 peões e milhares de ciclistas foram submetidos a campanhas de educação cívica, mas tal parece não ter sido suficiente para evitar o atropelamento de 18 pessoas, algumas das quais contraíram lesões irreversíveis.

Segundo Inácio Dina, a má travessia de peões esteve na origem de alguns atropelamentos.

A Polícia de Trânsito (PT) deteve 29 pessoas presas por condução ilegal de fiscalizou 36.990 viaturas. Destas, 5.107 foram multadas e 52 confiscadas por diversas irregularidades.

Refira-se que Carlos Bonete, ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, disse, na semana passada, que o Governo pondera agravar as multas para conter os acidentes de viação. Porém, a prática em Moçambique parece provar que as multas, sejam de que dimensões forem, não desinibem os desmandos na via pública.

Aliás, um dos aspectos salientes no Código da Estrada em vigor no país foi o agravamento de multas por excesso de velocidade. Ou seja, quanto maior for a velocidade, maior será também a multa ao condutor infractor. Urgem medidas mais arrojadas…

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