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Informação nas redes sociais

O sucesso das redes sociais garantiu a cobertura essencial das eleições autárquicas intercalares na cidade de Inhambane. Através do Twitter e Facebook – os meios de comunicação que o Presidente da República apelidou de “fábricas de sonhos inalcançáveis” – centenas de moçambicanas acompanharam todo o processo de votação e contagem de votos. Nem a TV nem a Rádio fez uma cobertura tão intensiva em tempo real.

Ao afirmar que a Internet e as redes sociais “têm o potencial de se transformar em espaços geradores de representações, fábricas de sonhos inalcançáveis e de infinitas miragens e expectativas que podem levar à secundarização da cultura de trabalho, promovendo o espírito de mão estendida”, certamente o Presidente da República, Armando Guebuza, não imaginava quão poderosas se tornaram o microblog Twitter e o site de relacionamento Facebook na disseminação de informação.

Nas eleições intercalares de Inhambane, as redes sociais foram uma ferramenta preponderante na divulgação dos principais acontecimentos do processo de forma instantânea para os moçambicanos que se encontravam fora daquela cidade ou na diáspora.

Ou seja, foi através dos Twitter e Facebook que centenas de pessoas acompanharam em tempo real a votação, contagem e os principais incidentes que mancharam o escrutínio. Nem a TV nem a Rádio fez uma cobertura tão impetuosa.

Enquanto outros órgãos de informação aguardavam pelo momento próprio para levar ao público o que estava a acontecer em Inhambane, os jornais @Verdade e Canal de Moçambique conseguiram, através de jornalistas munidos de telemóveis, informar os internautas sobre o processo de votação e contagem dos votos em tempo real.

O semanário @Verdade manteve informados os seus leitores usando as suas páginas do Facebook e Twitter, desde as primeiras horas em que foram abertas as assembleias de voto até o momento da divulgação preliminar dos resultados do escrutínio. O Canal de Moçambique não se fez de rogado, tendo também estado na vanguarda.

Intimidações

Intimidações não faltaram. Fernando Veloso, director do Canal de Moçambique, foi uma das vítimas de ameaças. Só não foi preso graças à intervenção de observadores alemães que estão a fiscalizar o processo. Porém, o advogado e activista social, , não teve a mesma sorte.

Ele foi detido por ordens da comandante provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) por tirar fotografias a uma placa de inauguração da Escola Primária Completa 25 de Setembro.

Duma, que esteve em Inhambane na qualidade de Observador Nacional abandonou a Assembleia de Voto onde se encontrava a fiscalizar e deslocou-se à EPC 25 de Setembro para se inteirar das informações que davam conta de que havia tumultos naquele local. Porém, quando lá chegou, a PRM já havia controlado a situação.

A notícia da sua detenção repercute longe. Surgiu uma onda de apoio e repúdio à atitude da polícia nas redes sociais, principalmente na sua página do Facebook.

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