A queda do preço do petróleo forçou o adiamento e cancelamento de investimentos essenciais e ameaça a oferta da principal fonte de energia nos próximos 50 anos, alertaram nesta quarta-feira países produtores e fontes da indústria.
“Os preços atuais ameaçam a sustentabilidade dos investimentos. Ouvimos falar de cortes de projetos, atrasos e cancelamentos. Estão a colocar a oferta futura de petróleo em risco”, afirmiu Abdallah el-Badri, secretário-geral da Opep, na abertura de um seminário internacional de energia.
“Um barril de petróleo a 40 dólares não é suficiente para desenvolver os campos petrolíferos”, reclarmou Gholam Hossein Nozari, ministro iraniano do Petróleo. “A longo prazo, com este preço muitos projetos de desenvolvimento serão suspensos e afetados por esta situação de crise”.
O ministro da Energia argelino, Shakib Khelil, afirmou que se a crise econômica prosseguir, “acontecerá um ajuste da oferta e tensão no mercado petroleiro”.
As cotações do petróleo alcançaram um recorde histórico de 147,50 dólares o barril em julho e desabaram para US$ 32,40 dólares em dezembro.
Desde então, a Opep reduziu a oferta em 4,2 milhões de barris diários em relação aos níveis de setembro, o que interrompeu a queda e estabilizou as cotações entre 40 e 50 dólares.