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Indiferente a inflação galopante salários voltam aumentar uma miséria mantendo agricultores abaixo do Limiar da Pobreza em Moçambique

Indiferente a inflação galopante salários voltam aumentar uma miséria mantendo agricultores abaixo do Limiar da Pobreza em Moçambique

Desde o último mísero aumento salarial, em Abril de 2016, subiram os preços dos transportes semi-colectivos, dos combustíveis, do pão, da electricidade, da água potável … da comida, cuja inflação oficial ultrapassou os 40%! Indiferente ao custo de vida o Governo de Filipe Jacinto Nyusi decidiu que os salários mínimos nacionais vão aumentar apenas entre 5,5% a 21%. Os trabalhadores do sector de Agricultura, Caça, Florestas e Silvicultura continuam a ser remunerados abaixo do Limiar da Pobreza.

Graças aos empréstimos da Proindicus, EMATUM e MAM, contraídos com Garantias do Estado que violaram a Constituição da República e as leis orçamentais de 2013 e 2014, a Pobreza vai continuar a aumentar em Moçambique. Os salários que sempre foram insuficientes para cobrir as despesas mais básicas dos moçambicanos tornaram-se miseráveis desde que estas dívidas foram descobertas e o Executivo de Filipe Nyusi decidiu assumir o seu pagamento em vez de as repudiar.

Os novos salários mínimos anunciados nesta terça-feira(18), pela ministra do Trabalho Emprego Segurança Social, Vitória Diogo, mantêm os trabalhadores do Sector de Agricultura, Caça, Florestas e Silvicultura- que representam 67,9% dos mais de 10 milhões de cidadãos em idade economicamente activa – a ganharem um salário que vai perpetuar a Pobreza em que vivem. Auferiam 110 meticais por dia e passam agora a receber 121 meticais, ainda abaixo dos 124 meticais (1,9 dólar) diários que é o Limiar da Pobreza de acordo com o Banco Mundial.

Além de ganharem mal estes moçambicanos que trabalham para produzir comida e estão no sector mais estratégico do desenvolvimento do nosso País têm empregos sem contratos e sazonais, inconsistentes com legalidade e segurança social.

Também mal tratados pelo Executivo são os trabalhadores dos sub-sectores da Indústria Hoteleira, ironicamente de outro sector considerado fundamental para o desenvolvimento de Moçambique, e também das Salinas que vão receber aumentos que variam entre os 5,5% e os 5,76%.

Quiçá por estarmos a iniciar os períodos eleitorais os trabalhadores do sector de Administração Pública, Defesa e Segurança foram bafejados com o maior aumento salarial, 21%, mesmo contra as recomendações do Fundo Monetário Internacional que considera que a massa salarial do Estado deve ser reduzida, em relação ao Produto Interno Bruto.

Eis os novos salários mínimos nacionais:

“Se o aumento chegasse ao menos a 50% haveria alguma satisfação”, desabafou ao @Verdade um chefe de família. É que embora a inflação real, que não representa o verdadeiro aumento do custo de vida em Moçambique, ronde pouco mais de 20% a custo dos bens alimentares considerados de primeira necessidade aumentou mais de 40% durante os últimos 12 meses.

Aliás um empresário nacional comentou ao @Verdade que “qualquer aumento mínimo que seja tem os seus efeitos colaterais. O aumento que o empregado terá, ser-lhe-á passado assim que ele meter a mão ao bolso para comprar o seu sustento pois uma empresa nunca absorve custos. Ela calcula o preço de venda baseado nos custos mais os lucros. Portanto qualquer custo adicional é passado ao comprador/consumidor”.

Enquanto isso os sindicatos acocoram-se à vontade do partido no Poder e aos patrões restando aos moçambicanos apertar ainda mais o cinto ou recorrerem ao crime, que parece compensar na “Pérola do Índico”, para continuarem a sobreviver.

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