Em Maio último, 36 cidadãos estrangeiros foram impedidos de trabalhar em Moçambique devido à falta de clareza na indicação dos motivos que estavam na origem da sua contratação nas empresas onde deviam ser afectos e à ausência de certificados académicos ou profissionais.
Segundo o Ministério do Trabalho (MITRAB), alguns dos 36 cidadãos com processos indeferidos possuem como qualificação académica a 4ª classe elementar ou o 1º Ano do Ensino técnico-profissional. Outros ostentavam os graus de Bacharel, de Licenciatura e de Mestre em diversas áreas em Moçambique, que na verdade possuem muitos quadros nacionais qualificados e experientes capazes de desempenharem as mesmas tarefas.
Dos cidadãos de outras nações cujos processos foram indeferidos em Maio passado contam 14 portugueses, nove indianos, quatro filipinos, dois brasileiros e igual número de Indonésios, um sul-africano, francês, italiano e a zimbabwiano, respectivamente.
Em termos de destinos, a cidade de Maputo era a mais preferida, com um total de 25 requerentes, seguida das províncias de Maputo, com quatro, Sofala, com três, Tete, com dois, Manica e Nampula, com um cada.
Enquanto isso, no mesmo período em análise foram autorizados para trabalhar em Moçambique 37 cidadãos estrangeiros, mas em áreas que não tiveram resposta interna para a ocupação dos postos. Da lista dos autorizados constam 10 portugueses, cinco zimbabweanos, quatro malawianos, três indianos. A África do Sul, Brasil e Etiópia têm dois pedidos cada, contra um de Burundi, China, Ghana, Itália, Paquistão, Nigéria e Zâmbia.
Aliás, dos estrangeiros admitidos para trabalhar no país constam 10 jogadores e treinadores de futebol, sendo quatro do Ferroviário de Maputo, cinco da Liga Muçulmana e um pedido formulado pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique.
As áreas com mais solicitações de emprego pelos estrangeiros no país são as de prestação de serviços, indústria transformadora, construção civil, desporto, indústria de hidrocarbonetos e petróleos, educação, comércio e saúde.