Algumas casas de massagem e massoterapia que funcionam em Moçambique, não só não reúnem condições para o exercício desta actividade, como provem práticas que atentam contra os princípios éticos e dos bons costumes, segundo a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE).
De 14 a 25 de Agosto prestes a findar, aquela entidade do Estado fiscalizou pelo menos 24 casas de massagem no país e todas elas estão prenhes de irregularidades. As instalações em alusão, de acordo com Ali Mussa, director nacional das Operações de Educação, Cultura e Desporto na INAE, fazem trabalhos que “atentam à moral pública”.
O @Verdade instou o dirigente a explicar, com precisão, que princípios éticos e dos bons costumes têm sido atropelados nesses locais, mas ele mostrou-se receoso, porque lhe faltavam palavras para descrever o pudor que lhe foi relatado. Após uma certa insistência, Ali Mussa afirmou que, durante a massagem e a massoterapia, o processo resvala, por vezes, para actos de sexo entre determinado(a)s clientes e massagistas.
No que diz respeito à actividade a que os donos dessas instalações alegam estar vocacionados, a mesma é feita por indivíduos sem formação para o efeito, o que “constitui um atentado à integridade física e à saúde dos clientes”.
Na massoterapia envolve-se instrumentos perfurantes, tais como as agulhas. Estas devem ser usadas por gente com formação nessa área, mas não é o que ocorre nos salões visitados, disse a fonte.
Ademais, foram detectados óleos usados para a massagem mas com o prazo de validade expirado, para além de que quem os manuseia são indivíduos leigos.
“Há problemas de uniformes, deficiências de higiene e há casas com objectos já velhos que já deviam ter sido” descartados há bastante tempo, denunciou Ali Mussa, num briefing que visava dar a conhecer as actividades realizadas pela INAE nos últimos 15 dias.
As camas e colchões onde os clientes são submetidos à massagem encontravam-se em avançado estado de degradação e colocados sobre estrados. Face as estas irregularidades, as medidas não passaram de simples recomendações. “Esperamos que, nos próximos dias, as casas de massagem e massoterapia ultrapassem” os problemas detectados, segundo Mussa.
No período em análise, foram igualmente inspeccionados 47 ginásios e 26 piscinas. E não faltaram as anomalias de sempre, que vão desde a falta de clareza de horários e preços, passar pela ausência de limpeza, até desembocar na afectação de técnicos sem formação.
Devido aos despreparo de alguns formadores/treinadores já houve casos de afogamentos em algumas piscinas, mas, felizmente, sem males maiores, disse o dirigente.