O Presidente do Instituto de Comunicação Social da África Austral em Moçambique (MISA – Moçambique), Tomás Vieira Mário, denunciou, última Sexta-feira, em Maputo, algumas individualidades de intrometerem-se nas actividades dos órgãos de comunicação social no país.
Falando durante a Assembleia-geral Ordinária daquele órgão, Vieira Mário fez referência a invasão as instalações da Rádio e Televisão Comunitária do distrito de Marromeu, província de Sofala, perpetrada pelo Comandante Distrital da Policia moçambicana (PRM), a nível daquele distrito do Centro de Moçambique.
Segundo a fonte, em Fevereiro último, o Comandante da PRM em Marromeu invadiu as instalações do órgão de comunicação social em questão para exigir que se desmentisse uma notícia que dava conta da neutralização de dois malfeitores. Devido a ameaça de detenção, o jornalista de serviço acabou cedendo a pressão do Comandante, dizendo que “não houve neutralização de nenhum malfeitor”.
Contudo, posteriormente, o Administrador distrital veio a confirmar que os dois supostos malfeitores tinham, de facto, sido neutralizados e detidos. A este caso, juntam se outros, como por exemplo o que ocorreu em Março último no Bairro da Munhava, na cidade da Beira, também em Sofala, em que jornalistas de vários órgãos de comunicação social foram agredidos por elementos da Renamo, ate aqui considerado maior partido da oposição no pais.
Com efeito, quadros da Renamo assim se comportaram para impedir que os jornalistas reportassem uma sessão de entrega de bandeiras e símbolos do partido da ‘perdiz’ por antigos membros que decidiram filiar-se a recém criada formação política, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Vieira Mário condenou este tipo de actos, considerando-os como um atentado à liberdade de expressão e direito à informação.