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Houve reprovações em massas nos exames extraordinários moçambicanos

Dos 131.203 candidatos submetidos a exames extraordinários, em Agosto último, em todo o território moçambicano, 101.027 (mais de 70%) reprovaram e na sua maioria são do ensino secundário geral. Este é um sinal claro de que a nossa instrução formal continuam mal, e das duas uma: ou os alunos não se aplicam devidamente ou os professores não sabem ensinar, conforme sugeriu Graça Machel, antiga ministra da Educação, numa das reuniões realizadas pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEHD), este ano.

Do total dos examinandos da 7ª, 10ª e 12ª classes, cerca de 30 mil (23%) é que realizaram as provas com sucesso, de acordo com Ivan Collison, porta-voz daquela instituição do Estado, que falava numa conferência de imprensa realizada na quinta-feira (10), em Maputo, para apresentação do balanço dos exames.

Apesar deste descalabro que desabona no nosso sistema de ensino, no geral o aproveitamento é melhor comparativamente aos resultados registados nos últimos seis anos, considerou Ivan Collison, e justificou que o elevado índice de reprovações resultou do facto de grande parte dos instruendos não estarem dentro do sistema de educação, havendo, por exemplo, casos de estudantes que interromperam os seus estudos há quatro ou três anos.

Fraudes durante os exames

Há poucos meses, o MINEHD queixou-se da existência de alunos que cabulam cada vez mais. Ivan Collison voltou a salientar que nos últimos exames foram registados 488 casos de fraudes em todo Moçambique.

Neste rosário de anomalias, houve também estudantes que não se fizeram às salas de exames. Os alunos da 7ª e 10ª tiveram mais ausências.

Nos exames finais dos alunos que terminaram o ano lectivo em Novembro passado, dados preliminares dão conta de que na 2ª classe houve um aproveitamento médio superior a 74% e 64% na 5ª classe, contra os 77% no subsistema de a alfabetização de adultos, disse Ivan Collison.

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