O Ministro moçambicano da Saúde, Alexandre Manguele, afirma que a falta de enfermeiros no Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país, vai conhecer uma redução mercê do recrutamento de mais pessoal do ramo.
A unidade sanitária conta actualmente com cerca de dois mil profissionais de enfermagem, porém o número ideal é estimado em três mil, segundo o Jornal “Diário de Moçambique”, editado na cidade da Beira, província central de Sofala.
”A situação irá melhorar até finais de Dezembro, com o preenchimento das vagas através da admissão de novos enfermeiros, ainda em formação”, disse Manguele, falando na abertura da 2ª Jornada Científica de Enfermagem do HCM.
A fonte apontou, a título ilustrativo, que o baixo número de enfermeiros no activo acaba por gerar uma situação de elevada carga horária, chegando nalguns casos a trabalharem 16 horas consecutivas, contra as oito horas que a legislação impõe.
No entanto, a situação não deve, segundo o ministro da Saúde, constituir motivo para a prestação de maus serviços ao público, que procura os cuidados de saúde nas unidades sanitárias.
”O sofrimento e a dor expressos pelos doentes devem ser reconhecidos por nós”, sublinhou, vincando que as jornadas sobre a humanização da assistência vão contribuir para uma “reflexão mais crítica dos modelos e acções em saúde”.
”Um tratamento e cuidado digno, solidário e acolhedor por parte dos profissionais de saúde para com o doente irão valorizar todos os intervenientes, permitindo conquistar a confiança dos doentes, seus familiares e da comunidade em geral”, frisou o titular da pasta da saúde.
A fonte apontou que os funcionários da saúde são importantes e indispensáveis e a enfermagem joga um papel crucial na promoção da imagem do serviço de saúde.