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Hospital Central de Maputo diagnostica dois mil casos de cancro por ano

Celebrou-se, na quarta-feira (04), o Dia Internacional de Alerta Contra o Cancro, uma doença que, todos os anos, mata cerca de oito milhões de pessoas em todo o mundo. Em Moçambique, as autoridades da Saúde alertam aos cidadãos para que se dirijam às unidades sanitárias para efeitos de exames e prevenção desta enfermidade, que é uma das causas de internamento da maioria das mulheres no Serviço de Oncologia do HCM, para onde algumas são encaminhadas já em estágio crítico.

Só no Hospital Central de Maputo (HCM), o maior do país, anualmente são registados pelo menos dois mil casos de cancro, dos quais 120 em crianças, segundo a ministra da Saúde, Nazira Abdula.

A governante indicou que os cancros mais frequentes nos adultos do sexo feminino são os de colo do útero (30%), da mama (11,9%) e do sarcoma de kaposi (11,7%). Os homens sofrem de sarcoma de kaposi (20,8%), de próstata (18%) e do fígado (10,7%).

Para o cancro da mama, por exemplo, os sintomas são vários, dos quais os mais frequentes são a existência de um nódulo ao palpar a mama ou a axila, uma retracção na pele do seio, bem como a existência de uma ferida na mama. Nos menores de idade, de 0 a 14 anos, o cancro apoquenta seis porcento desta faixa etária, sendo os mais comuns a leucemia (205), linfoma de burkitt (18%) e linfomas não hodgkin (13%), disse Nazira Abdula, que lamentou o facto de os cidadãos se dirigirem tardiamente às unidades sanitárias, o que dificulta os esforços de detecção precoce de alguns cancros e da sua prevenção.

As autoridades sanitárias indicam que, dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada, o tratamento acontece num período variado entre seis meses e cinco anos. Por isso, é importante que a doença seja descoberta precocemente, sendo necessária a realização do auto-exame. Este consiste em palpar a mama fazendo movimentos circulares com a ponta dos dedos. Caso seja detectado algo estranho, a pessoa deve dirigir- se ao hospital. Outra forma de detectar a doença, frequentemente, é dirigir-se ao ginecologista pelo menos uma vez por anos.

Em casos que o paciente tem a doença num estado muito avançado, ele é submetido a um tratamento paliativo, que consiste em combater a dor. Nesse tipo de situações, o doente tem um tempo limitado de vida, de acordo com a gravidade do caso. Refira-se que Moçambique espera introduzir este ano 2015 a vacina HPV, que se destina a prevenir o cancro do colo do útero, um problema que, apesar de prevenível e curável, ainda afecta muitas mulheres no país.

A promessa foi feita por Nazira Abdula (na altura era vice-ministra da Saúde), em Junho do ano passado, em Lusaka, na VI Conferência sobre a Erradicação do Cancro do Colo do Útero, um evento organizado pelo Fórum das Primeiras-Damas africanas contra esta doença.

A vacina, de acordo com a actual ministra da Saúde, poderá ser financiada pela Aliança GAVI, uma parceria público – privada global que se dedica, entre outras acções, à salvação de crianças, através do financiamento de programas de imunização, tendo indicado que já tinha sido submetida a candidatura para a vacina HPV, que a mulher deve tomar em três doses durante o processo de vacinação.Todavia, os Governos deviam comprometer- se a pagar 20 cêntimos do dólar norte-americano por cada dose.

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