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Hospital Central de Maputo: descontentamento dos fornecedores de produtos alimentares

Alguns fornecedores de produtos alimentares e de limpeza do Hospital Central do Maputo (HCM) estão insatisfeitos devido ao atraso no pagamento dos bens providos àquela unidade sanitária. A dívida é de há vários meses, sendo, por isso, que esta situação é reconhecida pela Direcção do HCM que, entretanto, pede paciência aos fornecedores lesados, pois o Governo está à busca de soluções para liquidar a dívida contraída.

Representantes das empresas que fornecem produtos que alimentam os doentes disseram ao “Notícias”, sob condição de anonimato, que dada a falta de pagamento que se arrasta há muito tempo, já estão a enfrentar dificuldades para continuar a honrar os seus compromissos com aquela entidade. “Sabemos que o Governo enfrenta dificuldades de natureza orçamental em quase todos os sectores, mas esta situação está a comprometer a nossa actividade, enquanto comerciantes”, disse uma das fornecedoras.

A maioria dos fornecedores tem por receber do HCM valores monetários superiores a um milhão de meticais. No entanto, há um caso de uma das empresas a qual o hospital deve mais de dez milhões de meticais, parte dos quais referentes a 2009. Conforme disseram, não têm nenhuma intenção de prejudicar os doentes, daí a garantia de que continuarão a fornecer os produtos. Porém, entendem que a direcção administrativa pode mudar o cenário recorrendo ao dinheiro que provém de fontes como a clínica especial do hospital.

Confrontado com estas queixas, Zacarias Zindoga, Director Administrativo do HCM, reiterou que tudo está a ser feito para garantir o pagamento da dívida. Neste âmbito, os ministros das Finanças, Manuel Chang, e da Saúde, Alexandre Manguele, reuniram-se há duas semanas para analisar o assunto. “Não é segredo que estamos a dever os nossos fornecedores. Mas também não é verdade que há problemas de alimentação para os doentes aqui internados como alguns tentam dar a entender”, referiu Zindoga, convidando a todos os interessados para visitar o hospital e apurar os factos.

Para fundamentar a sua posição, aquele responsável confirmou que os fornecedores continuam a disponibilizar os produtos alimentares e de higiene, salvo um que, de repente, não conseguiu honrar com o seu compromisso por duas vezes. Estima-se que o HCM deve entre 20 e 30 milhões de meticais (um dólar equivale a cerca de 29 meticais) aos fornecedores em produtos referentes aos primeiros quatro meses do ano em curso.

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