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Homossexuais de Maputo, Beira e Nampula não sabem que têm HIV

Contrariamente à informação que tem sido divulgada, segundo a qual as mulheres são as mais susceptíveis de contrair o HIV, um novo estudo indica que em Moçambique os homossexuais estão em maior risco de infecção pelo vírus, com uma prevalência de 8.2%, 9.1% e 3.7%, respectivamente em Maputo, Beira e Nampula/Nacala.

Rassul Nala, investigadora principal do Instituto Nacional de Saúde (INS) para o estudo sobre os homossexuais, mas que ela chama de “Homens que fazem Sexo com Homens (HSH)”, destacou, na pesquisa apresentada esta quarta-feira (11), na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, que em pelo menos 90% dos homossexuais seropositivos nas referidas três áreas urbanas não sabiam que tinham HIV.

Além disso, segundo a pesquisadora, “um em cada cinco HSH não usou o preservativo na sua última relação sexual com um outro homem, dois em cada cinco HSH teve relações sexuais com homens e mulheres ambos no último ano, e um em cada dois HSH não sabia as principais formas de transmissão de HIV.”

O estudo estimou ainda que haja mais de 15 mil HSH nas três principais áreas urbanas do país, segundo um comunicado de Imprensa enviado ao @Verdade. Outra pesquisa apresentada no mesmo dia, sobre “Mulheres Trabalhadoras de Sexo (MTS)”, revela que “as MTS são desproporcionalmente afectadas pelo HIV”.

“A prevalência do HIV neste grupo foi estimada em 31.2%, 23.6% e 17.8% em Maputo, Beira e Nampula, respectivamente, sendo que mais de metade das MTS fizeram sexo por dinheiro pela primeira vez antes dos 18 anos de idade e mais de um quarto das MTS nunca fizeram o teste de HIV: 26,3% em Maputo, 37,0% na Beira, e 40,9% em Nampula”, indica o mesmo comunicado.

Ângelo Augusto, também investigador principal do INS para o estudo de Mulheres Trabalhadoras de Sexo (MTS), mostrou que uma proporção substancial de MTS seropositivas não estava ciente da sua condição: 48,1% em Maputo, 79,8% na Beira, e 89,6% em Nampula.

As pesquisas foram levados a cabo por um grupo de parceiros nacionais e internacionais, incluindo o INS e foram financiados pelo Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio do SIDA (PEPFAR).

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