A Primeira Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, defende a necessidade de se rever a forma de transmissão de mensagens de prevenção e combate ao HIV/SIDA no país.
Para Maria da Luz Guebuza, o maior problema reside em quem transmite as mensagens de prevenção e combate a esta pandemia, que afecta 1.6 milhão dos pouco mais de 20 milhões de moçambicanos.
Segundo a Primeira Dama, o facto de adolescentes e jovens estarem a difundir as mensagens de prevenção da infecção pelo vírus do HIV a todos os grupos etários da sociedade (adolescentes, jovens e adultos) pode estar a afectar a forma como as pessoas acolhem a informação.
A Esposa do Presidente da Republica acredita que os adultos podem não estar a acolher as mensagens transmitidas pelos seus próprios filhos, sobrinhos ou netos, porque o HIV/SIDA é uma questão sensível.
“Temos que verificar que muitas vezes as pessoas que difundem a mensagem de prevenção e combate são muito jovens, são activistas, nossos adolescentes e jovens. Os adultos talvez não vêem com muito bons olhos as mensagens transmitidas por jovens e adolescentes, porque eles estão a falar de questões muito sensíveis”, disse.
Maria da Luz Guebuza considera que os jovens devem transmitir mensagens e informações a pessoas da sua faixa etária, enquanto isso os líderes comunitários e religiosos deverão trabalhar com os adultos, para que as mensagens tenham impacto desejado, concorrendo, desta feita, para a redução das infecções.
“Temos que rever um bocadinho quem tem que transmitir estas mensagens. Os líderes comunitário e religiosos podem transmitir essas mensagens. Os jovens podem trabalhar com outros jovens da sua idade utilizando a linguagem que eles utilizam no dia-a-dia”, defendeu.
Maria da Luz Guebuza fez este pronunciamento no fim da sua visita de quatro dias de trabalho a província de Maputo, onde escalou algumas localidades dos distritos de Namaacha, Boane e Matutuine.
Nesses locais, a Esposa do Chefe do Estado transmitiu às populações mensagens de prevenção contra o HIV/ SIDA, bem como de outras doenças como a cólera e malária, essencialmente, para além de ter incentivado os cidadãos a trabalharem arduamente para combater a pobreza e desenvolver o pais.
Maria da Luz Guebuza ouviu as preocupações das populações, tendo nalguns casos apresentado possíveis soluções para casos pontuais.
No fim de cada encontro com as comunidades, a Primeira Dama prometeu canalizar as preocupações das populações às autoridades competentes.
Em Moçambique, a transmissão do HIV/SIDA é, de forma geral, atribuída às relações sexuais sem protecção, porém existem outras formas de contrair o vírus, como através de objectos cortantes não esterilizados.
Moçambique tem uma taxa de prevalência de HIV de 16 por cento.