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Hillary Clinton considera segurança alimentar item prioritário na agenda da ONU

“É preciso uma aldeia para criar uma criança”, escreveu com grande repercussão a secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, em seu livro best-seller, e será preciso o trabalho conjunto de toda a comunidade mundial para alimentar as cerca de 1 bilhão de pessoas desnutridas – abordagem que ela enfatizará na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em Setembro de 2009. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimento e Agricultura, uma em cada seis pessoas no mundo todo sofre com a fome, sendo que a maior situação de risco é a das crianças e das mulheres. Os Estados Unidos, com seus abundantes recursos agrícolas, continuam sendo o maior doador de alimentos do mundo.

De 2007 a 2008, o governo dos EUA forneceu mais de 2,6 milhões de toneladas métricas de alimentos, avaliadas em mais de US$ 2,6 bilhões, para alimentar pessoas em 49 países de quatro continentes. Como diplomata-chefe dos EUA, Hillary Clinton mostrou sua determinação em acabar com a fome no mundo em desenvolvimento ao enfocar a dimensão humana das relações internacionais para incentivar os líderes mundiais. Após a recente viagem da secretária de Estado à África Subsaariana, onde promoveu o tema da maior segurança alimentar, o presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Kanayo Nwanze, disse que a preocupação de Hillary Clinton “é um sinal claro de que os Estados Unidos estão comprometidos com os esforços para transformar as promessas feitas pelos líderes mundiais… em acção”.

Em prévia da agenda dos EUA para a reunião da Assembleia-geral da ONU de 23 a 30 de Setembro, Hillary Clinton disse à plateia na Instituição Brookings que a necessidade de “integrar diplomacia com desenvolvimento” é a melhor abordagem para acabar com a fome no mundo. “Ao formar e fortalecer parcerias, instituições e governos internacionais, podemos criar um consenso global” e encontrar soluções para os desafios políticos e económicos que afectam toda a humanidade, afirmou.

A secretária disse que durante sua estada em Nova York, participará de um evento com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, patrocinado pelas Nações Unidas e o governo americano, para destacar a necessidade de maior cooperação em âmbito global para o desafio crescente da segurança alimentar. Por mais de 50 anos, o governo dos EUA tem fornecido ajuda alimentar para 3 bilhões de pessoas em 150 países por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), principal agência dos EUA responsável pela distribuição internacional de ajuda alimentar, capacitação em administração agrícola e programas de melhoramento.

Recentemente, a USAID forneceu assistência alimentar emergencial para 26 países, inclusive Síria, Iémen, Colômbia, Afeganistão, Nepal, Tajiquistão e 16 nações africanas. Desde 2007, a USAID trabalha por meio da Iniciativa para Acabar com a Fome na África (IEHA) com a finalidade de capacitar mais de 1 milhão de homens e 641 mil mulheres em agricultura avançada e técnicas de marketing, beneficiando mais de 1.500 organizações femininas. Em Abril, a USAID tratou da situação difícil dos refugiados no Paquistão, que fogem dos conflitos na província da Fronteira Noroeste, com uma contribuição de US$ 21 milhões em ajuda alimentar emergencial distribuída pelo Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas.

Até o final de Maio, a agência havia fornecido US$ 71,4 milhões em alimentos e outros tipos de ajuda para refugiados no Paquistão. A doação de alimentos para os famintos e a ajuda para os agricultores continuarão, segundo o presidente Obama, que declarou à comunidade internacional em seu discurso de posse em Janeiro: “Prometemos trabalhar junto com vocês para fazer a agricultura florescer… [e] nutrir os corpos famintos”. Em cumprimento à recente promessa do presidente Obama na Cúpula do G-8 em Londres de fornecer ajuda alimentar emergencial, o governo dos EUA destinou mais de US$ 5,5 bilhões em 2008 e 2009 para combater a fome nos países pobres.

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