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Há um ano a lutar pelo bem-estar dos munícipes

Há um ano a lutar pelo bem-estar dos munícipes

Há escassos meses do fim do primeiro ano de mandato, o Município de Mocuba investiu na construção de infra-estruturas sociais de grande vulto nos sectores de Educação e Saúde e diz ter cumprido na íntegra o Plano Económico e Social aprovado nos primórdios do ano em curso. A edilidade revelou que, dentro de dias, os principais entroncamentos da urbe terão semáforos que resultam de um investimento feito em coordenação com o governo do distrito.

O Conselho Municipal da Cidade de Mocuba (CMCM), província da Zambézia, orgulham de ter cumprido as actividades planificadas para o ano em curso. O optimismo deve-se ao facto de o antecessor não ter deixado a casa em péssimo estado. Porém, com o crescente número da população, estimada em mais de 17 mil habitantes, o acesso a água potável continua aquém de responder às necessidades dos munícipes.

Além disso, parte significativa da camada juvenil enveredou-se para a actividade de moto-táxi, como forma de superar a falta de emprego. Desde a tomada de posse do novo elenco, a cidade regista uma corrida desenfreada de máquinas basculantes que se encontram na empreitada da pavimentação de várias ruas e avenidas degradadas na época chuvosa passada.

A edilidade diz que tem muita sorte pelo facto de ter cumprido a maior parte das acções agendadas no Plano Económico e Social aprovado nos princípios do ano. Porém, Beatriz Gulamo, edil de Mocuba, em entrevista ao @Verdade, reconhece ter conseguido materializar o Plano Económico e Social graças à intervenção de vários agentes, nomeadamente investidores, munícipes e a sua equipa de trabalho.

“O balanço que faço sobre as actividades planificadas para o ano em curso é extremamente positivo. Estamos num bom caminho porque a maior parte das dificuldades emergentes foi resolvida. As actividades realizadas não dependeram de mim, mas também de todos os colaboradores da edilidade, incluindo os próprios munícipes da urbe”, refere Gulamo.

A construção de pontecas sobre o rio Marmanelo que no período chuvoso provoca danos avultados aos munícipes, para além de separar uma zona da outra era uma das questões que tiram o sono da edilidade de Mocuba. Mas, segundo Gulamo, as inquietações estão com os dias contados, embora não planificadas para o presente ano.

Dentre as várias realizações que a edilidade cumpriu durante o período em alusão destacam-se a edificação de salas de aulas com base no material convencional de longa duração nalguns estabelecimentos de ensino primário, e a expansão de mobiliários escolares às instituições carenciadas. A título de exemplo, no dia 03 do mês em curso, o Conselho Municipal procedeu à entrega de carteiras a uma instituição de ensino primário erguida pelo seu antecessor.

Gulamo considera ter atingido patamares mais altos da sua governação com o lançamento da primeira pedra para a construção de um centro de saúde no bairro da Pedreira, num investimento de mais de um milhão e quinhentos mil meticais, um empreendimento que vai não só beneficiar a comunidade local, mas também os distritos circunvizinhos.

“Após a tomada de posse, priorizámos a remoção de resíduos sólidos. Portanto, investimos na construção de edifícios escolares para garantir a comodidade das nossas crianças. Procedemos, igualmente, ao lançamento da primeira pedra para a construção de um centro de saúde no bairro da Pedreira e acreditamos que, com o edifício, possamos minimizar a perda de vidas humanas pelo facto de se encontrarem distantes dos cuidados médicos”, disse Beatriz Gulamo.

Água potável: o eterno dilema dos munícipes

No município de Mocuba, o acesso a água potável continua a ser uma dor de cabeça para os munícipes. É, na verdade, um assunto que tira sono não só a edilidade, mas também a todos os dirigentes do distrito de Mocuba e do governo da província, uma vez que o sistema de abastecimento de água não consegue cobrir toda a população.

Gulamo deu-nos a conhecer que, no mandato anterior, a edilidade procedeu à reabilitação do sistema, o que veio a ser concluído nos meados do ano em curso. As obras não envolveram a ampliação, mas sim o melhoramento das condições de tratamento do precioso líquido.

“Estamos a manter contactos com a Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS) que nos informou de que foi lançado um concurso com o objectivo de privatizar a gestão do Fundo de Investimentos e Património do Abastecimento de Água (FIPAG). A ideia é dispor de uma empresa gestora que consiga procurar soluções num curto intervalo de tempo”, afirmou Gulamo.

A edil explicou ainda que o Conselho Municipal e o governo do distrito tiveram uma reunião onde se apurou a necessidade de se expandir a rede hidrográfica, devido à implantação da Zona Económica Especial e Franco Industrial em Mocuba, de modo a não prejudicar o progresso daquela jurisdição. Para o efeito, o Gabinete das Zonas Económicas Especiais de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA) e Vale do Zambeze estão a trabalhar no sentido de colmatar a situação.

Montagem de semáforos

Para o ano em curso, a edilidade de Mocuba diz ter chegado longe nas suas realizações ao proceder à aquisição de semáforos. Trata-se de uma actividade planificada há anos pela gestão antecessora que já se encontra num estado altamente avançado no que diz respeito à tramitação do processo.

Para a aquisição dos semáforos em alusão, a edilidade e o governo do distrito investiram cerca de um milhão e duzentos mil meticais e, segundo Gulamo, no mês em curso, os sinais luminosos já estarão montados nos principais entroncamentos da cidade.

Moto-taxistas resistem a campanha de licenciamento

Estima-se que mais da metade dos jovens da cidade de Mocuba dedicam-se à actividade de moto-táxi de forma ilegal. O @Verdade soube que a Polícia Municipal lançou uma campanha de licenciamento de moto-taxistas, mas o efectivo daqueles agentes é reduzido.

Entretanto, como forma de pressionar os motociclistas, a edilidade pretende desencadear acções de parqueamento de motorizadas. “Tivemos um encontro com aqueles agentes económicos e apelámos para que eles se inscrevessem. Já fizemos um anúncio na rádio comunitária local”, disse Gulamo que se mostrou, igualmente, preocupada com o crescente índice de acidentes de viação causados maioritariamente pela negligência dos moto-taxistas.

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