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Guebuza visitou multinacional australiana “rio tinto”

O presidente moçambicano, Armando Guebuza visitou, Segunda-feira,, as infra-estruturas de minério de ferro da multinacional mineira anglo-australiana, “Rio Tinto”, na região de Karratha, que dista cerca de 1.300 quilómetros da cidade de Perth, na Austrália Ocidental.

A Rio Tinto é a terceira maior companhia mineira do mundo a seguir a australiana “BHP Billiton” e a brasileira “Vale”. Durante a visita, Guebuza testemunhou, “in loco”, o processo do descarregamento de comboios, transporte do minério através de tapetes rolantes para o local de armazenagem, entre outras operações.

Neste local, Guebuza também visitou outras infra-estruturas associadas ao empreendimento. Na ocasião, o director executivo da Rio Tinto, Doug Ritchie, asseverou ao governo de Moçambique, que a sua companhia possui capacidade técnica e financeira para implementar, com sucesso, o projecto de carvão na província central de Tete.

Segundo Doug Ritchie, a Rio Tinto é um dos poucos grupos no mundo com capacidade, valores e incentivos para desenvolver os projectos com rapidez e com um padrão de classe mundial, em prol do povo moçambicano.

Refira-se que o grupo assumiu, este mês, o controlo total da Riversdale após a aquisição das participações detidas pela empresa indiana Tata, acedendo, assim, às enormes reservas de carvão que a empresa explora em Tete.

Guebuza, que regressa, esta Terça-feira, a Maputo, encontrase na Austrália onde de 28 a 30 de Outubro corrente participou na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Commonwealth (CHOGM 2011), que teve lugar em Perth.

“A sua visita é muito importante para nós, visto que a Rio Tinto deseja construir uma empresa de carvão grande, rentável e de classe mundial em Moçambique. Na sequência da nossa aquisição, este ano, do património da anterior empresa de mineração de carvão Riversdale, ambicionamos desenvolver o mesmo para maximizar o valor económico”, disse o responsável da Rio Tinto, falando durante a apresentação das actividades daquela empresa.

Na ocasião, observou que para o sucesso do projecto será necessário realizar grandes investimentos, sobretudo na área de infra-estruturas, e cumprimento integral do seu cronograma de trabalhos. Segundo Ritchie, quanto maior for a eficiência e produtividade das operações, maior será o valor do património que a Rio Tinto irá criar em Moçambique.

“Estamos a busca de colaboração do governo moçambicano, porque serão fundamentais cronogramas de desenvolvimento curtos para a maximização do seu valor económico”.

Ele manifestou a vontade de trabalhar com as autoridades moçambicanas para assegurar que a infra-estrutura e os resultados a ela associadas estejam alinhadas com as necessidades da empresa, com os objectivos de desenvolvimento sustentável e com os planos estratégicos do Governo de Moçambique.

Por seu turno, o director executivo da Rio Tinto Coal Mozambique, Eric Finlayson, reconheceu as enormes potencialidades de carvão em Moçambique, indicando que este país pode tornar-se num dos maiores produtores mundiais de carvão mineral do mundo.

Contudo, é necessário combinar o potencial existente com investimentos massivos em infra-estruturas, tais como ferrovias, portos, estradas, e eventualmente transporte fluvial.

Actualmente, as exportações de carvão de Moatize são feitas através do Porto da Beira que dista a cerca de 575 quilómetros do local de exploração. Num futuro próximo, estão projectadas outras vias alternativas, tais como o Porto de Nacala, na província nortenha de Nampula, que dista a cerca de 900 quilómetros.

Acresce ainda a via fluvial, através do rio Zambeze, utilizando barcaças até ao porto de Chinde, na Zambézia. Estas barcaças poderão levar o produto para navios de grande calado atracados no alto-mar. Finlayson defende que, em termos operacionais, esta última alternativa aparenta ser a alternativa mais viável, pois a sua extensão é de apenas 500 quilómetros.

“Recursos carboníferos de milhares de vários milhões de toneladas estão a ser desenvolvidas pela Rio Tinto, Vale e outros. A linha ferroviária de Moatize para Beira é a única infra-estrutura operacional para a exportação de carvão. São necessários investimentos massivos em infra-estruturas para realizar níveis de produção significativos”, explicou Finlayson.

Para os accionistas da Rio Tinto, segundo Finlayson, o sucesso de investimento em Moçambique irá depender da prosperidade da economia moçambicana, no geral.

Depois da visita as infra-estruturas ferro-portuárias e outras associadas naquela região mineira, que consumiu toda a manhã, o Chefe de Estado moçambicano e sua comitiva regressaram a Perth, onde se localiza o Centro de Operações da Rio Tinto.

Nestas instalações, Guebuza recebeu, igualmente, explicações sobre o funcionamento do Centro, que é o núcleo de toda a actividade que ocorre nas minas e no processo de escoamento.

O centro está equipado de tecnologia de ponta que permite controlar a circulação de comboios, o funcionamento das máquinas e toda a actividade das minas a partir deste ponto, que dista mais de mil quilómetros.

Com este equipamento, por exemplo, é possível controlar a marcha de um comboio numa determinada linha, tais como avançar ou parar, entre outras actividades operativas.

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