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Guebuza faz balanço positivo da Cimeira Africa-França

O presidente moçambicano, Armando Guebuza, avalia positivamente o desfecho da 25ª Cimeira África-França, um evento de dois dias e que terminou esta segunda-feira em Nice, uma cidade do Sul deste país europeu. Falando a imprensa moçambicana, Guebuza explicou que a Cimeira tinha como objectivo estreitar ainda mais as relações entre o continente e a França, e ter neste país europeu um parceiro que entenda melhor os problemas africanos.

Segundo Guebuza, isso vai facilitar defender as posições de África nos fóruns internacionais, sobretudo no G8, G20 e na Organização das Nações Unidas. Para Guebuza, esse objectivo foi alcançado, a avaliar pela manifestação do seu homólogo francês, Nicolas Sarkozy.

Refira-se que os principais temas da Cimeira eram a Governação Mundial; Paz e Segurança; Clima e Desenvolvimento”. Sobre a governação mundial, o estadista moçambicano explicou que existe uma proposta apoiada pelo presidente Sarkozy e que teve imediata aprovação de todos os africanos para que o continente esteja representado ao nível do G8 e do G20, com um assento permanente, através de um membro da União Africana, assim como o presidente da Comissão Africana.

Com relação às reformas das Nações Unidas, em particular o Conselho de Segurança, foi apresentada uma proposta que ainda vai merecer uma discussão por parte da União Africana. Prosseguindo, Guebuza disse que os participantes reconheceram que ainda persistem problemas de segurança em África, tendo também discutido as causas dos problemas económicos, sociais e políticos.

Durante a Cimeira, ficou bem patente que em caso de conflito as partes afectadas devem entrar directamente em contacto para assegurar a paz, tendo os países africanos reafirmado que os problemas de África devem ser tratados pelos próprios africanos, porque têm capacidade para o efeito. No que concerne as mudanças climáticas e meio ambiente, os participantes acordaram que algo deve ser feito nessa área. “Nós pensamos que temos ideias já claras, falta-nos apenas a garantia de financiamento e o respectivo ‘know how’”, explicou.

Aliás, na manhã desta segunda-feira, Guebuza apresentou uma comunicação intitulada “Clima e Desenvolvimento: Um Desafio para Todos a Escala Planetária”. Guebuza aproveitou a ocasião para abordar um encontro que manteve a margem da Cimeira, com a MEDEF Internacional, uma organização de empresas francesas, cujos membros possuem alguns interesses em Moçambique.

Mais uma vez, Guebuza reiterou que as relações entre Moçambique e a França são excelentes a nível político e diplomático. Contudo, o estadista moçambicano acredita que mais poderá ou deveria ser feito na área económica. “Em Moçambique achamos que na área económica e de investimento ainda não atingiu os níveis por nós desejados. Há muito investimento em Moçambique, mas ainda não atingiu os níveis desejados. Achamos que a França tem muita experiência ao nível de organização de empresas, no desenvolvimento das pequenas e médias empresas e bem como das mega-empresas que podem contribuir para o nosso desenvolvimento”, disse Guebuza.

Sobre o referido encontro, Guebuza disse que cabe aos empresários franceses levar ao governo moçambicano as suas preocupações e explicarem o que pode ser feito pelo governo de Moçambique para facilitar o seu investimento no país. Sobre o fraco investimento francês em Moçambique, Guebuza disse acreditar que se trata de uma falta de acompanhamento de ambas as partes, mas que tudo poderá mudar dentro em breve.

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