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Guebuza destaca calamidades naturais como desafio para governadores

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, apontou como um dos desafios para os 11 governadores provinciais empossados na segunda-feira, em Maputo, a questão das calamidades naturais. Falando no final da cerimónia de investidura dos governadores provinciais, havida no Palácio da Ponta Vermelha, Guebuza disse que as mudanças climáticas que assolam toda a humanidade estão a resultar numa maior frequência de secas, cheias, ciclones, entre outros fenómenos naturais.

“Dos muitos desafios que vos esperam, gostaríamos de destacar, com particular realce, as calamidades naturais. As mudanças climáticas que assolam toda a humanidade estão a resultar numa maior frequência de secas, cheias e ciclones, só para citar alguns dos fenómenos meteorológicos extremos”, disse Guebuza. Moçambique, segundo o estadista moçambicano, já é vítima dessas mudanças climáticas mas não pode ficar à espera de um acordo mundial para agir, uma vez que a recém realizada Cimeira de Copenhaga, na Dinamarca, não produziu os resultados práticos que eram esperados.

Contudo, ele disse que é nos territórios, cuja responsabilidade passa aos governadores e, onde os efeitos das mudanças climáticas se revelam com maior acuidade e com efeitos mais dramáticos, interferindo até com a segurança alimentar e nutricional dos moçambicanos. Guebuza apontou, a título ilustrativo, que ao longo deste quinquénio (2010/14) registar-seão secas nalgumas zonas do país e noutras as cheias, bem como uma combinação destes fenómenos, e serem, ao mesmo tempo, atingidos por ventos fortes ou por ciclones. “Não dispomos de formas eficientes de evitar que estas calamidades naturais se abatam sobre nós”, disse. Todavia, apontou que o país dispõe de formas de reduzir a vulnerabilidade dos moçambicanos e o impacto dessas calamidades, que consiste na capacidade de liderar e reorientar as suas vidas para que eles (desastres) não interfiram com a sua segurança alimentar e nutricional.

O Presidente da Republica disse que cada uma das províncias do país já dispõe de alguma capacidade de prevenção e de resposta à estas calamidades, mas a mesma está longe de ser ideal. Moçambique tem uma série de programas em curso visando reduzir a vulnerabilidade dos moçambicanos aos efeitos das calamidades naturais e de contribuir, com respostas estruturais, para a problemática que estes desastres naturais colocam. O reassentamento nas partes altas das margens das bacias hidrográficas do país, o programa “um aluno, uma plana por ano”’, o programa “uma aldeia, uma floresta” fazem parte das diferentes iniciativas de combate as queimadas descontroladas, entre outras calamidades.

Porém, estes programas ainda não estão a ser implementados em pleno e, mesmo quando estiverem, não serão suficientes para resolver o problema em presença. Desta feita, Guebuza disse aos governadores que têm a nobre missão de dar a sua valiosa contribuição para que os moçambicanos vivam normalmente, no campo e na cidade, mesmo perante as calamidades naturais. “O combate às calamidades naturais integra-se na nossa Agenda Nacional de Luta contra a Pobreza, sendo, pois, necessário continuarmos a transformar estas calamidades em oportunidades de desenvolvimento”, sublinhou Guebuza.

Os governadores provinciais ora empossados foram nomeados sexta-feira, através de despachos presidenciais separados. Trata-se de Felismino Tocoli (província de Nampula), Itai Meque (Zambézia), Maurício Vieira Jacob (Sofala), Maria Elias Jonas, (Maputo), David Ngoane Marizane (Niassa), Alberto Clementino António Vaquina (Tete), Lucília José Manuel Hama (cidade de Maputo(, Agostinho Abacar Trinta (Inhambane), Eliseu Machava (Cabo Delgado), Ana Comoana (Manica) e Raimundo Diomba (Gaza).

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