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Guebuza descobre trafulhices do Itai Meque na Zambézia

O Chefe do estado moçambicano, Armando Guebuza, terminou, esta Quarta-feira, a sua visita de trabalho à província da Zambézia, tendo no dia seguinte, rumado para Manica para mais uma etapa.

Guebuza esteve naquela parcela do país e escalou sucessivamente as cidades de Quelimane, os distritos de Namarrói, Gúruè e, por fim, usou o distrito de Morrumbala como porta de saída para outra província.

Durante quatro dias ou mais, contando com aquele em que ele viajou a Malawi para assistir o funeral do Bingu Wa Mutharica, o chefe do Estado ouviu muitas queixas sobre este governo.

Nas edições anteriores, em Quelimane, Guebuza terá visto que afinal, não bastam os relatórios que recebe, a partir do governo sob liderança de Francisco Itai Meque (FIM), mas é preciso chegar ao terreno e ouvir o que se passa com a população.

Em Quelimane, naquele comício da última Sexta-feira, o PR ouviu e ouviu bem. E não só, os populares fizeram a questão de entregar vários dossiers que tinham ao chefe do estado, pedindo socorro, uma vez que ao nível da província, ninguém lhes dá ouvidos.

Não foram poucos os envelopes que Armando Guebuza recebeu, aliás, este terá sido um momento que poderá ficar registado no seu bloco de apontamentos.

Quando se pensava que o PR engoliu, eis que em público Armando Guebuza disse que “há grandes problemas de comunicação entre o governo da Zambézia e a população”.

Noutra linguagem, Armando Guebuza, quis dizer que o governo de Itai Meque não está preocupado em dialogar com a população, porque se houvesse dialogo, então aqueles tantos envelopes não seriam entregues ao chefe do Estado.

Acabou a malandrice

Numa altura em que se pensava que tudo acabou ali no comício, eis que Itai Meque na Sessão Extraordinária alargada aos administradores distritais, presidentes dos Conselhos Municipais e outros quadros, “meteu água” no seu longo informe de aproximadamente cem páginas quando disse nas considerações finais que tudo aquilo que o chefe do Estado ouviu e aquilo que iria ver nos distritos, deixa o governo da Zambézia num ritmo satisfatório.

Aqui, pode-se até citar o parágrafo todo: “A avaliar pelos níveis de realização alcançados em diferentes sectores, podemos concluir que o desempenho do Governo no segundo ano da implementação do PQG 2010- 2014, foi positivo” – fim de citação.

Guebuza descobre trafulhices

Sereno, mas com os olhos virados às quase cem paginas, Armando Guebuza foi acompanhando o que estava escrito. Mas também, como se sabia que a visita ainda estava a começar, há quem esperava que as coisas mudassem.

Foi naquela sessão que Armando Guebuza, de viva voz, disse perante a imprensa que “o governo da Zambézia não cumpre com as metas planificadas”. Para sustentar esta sua afirmação, o PR apontou os casos da produção agrícola que nunca estão a 100% e não se explica o porquê.

Num outro passo, o chefe do estado disse que esta situação não é nova, desde que Itai Meque foi nomeado governador da Zambézia a situação tem sido esta e não se percebem as reais motivações.

“O plano não é para ser cumprido a 89, 90, 95%, mas sim 100%” – rematou o chefe do Estado naquela sessão extraordinária.

E no fim da visita, já em Morrumbala, o presidente da república não deixou de vincar a maneira como o governo da Zambézia trata a questão da produção.

Armando Guebuza disse que preocupa-lhe quando os planos de produção agrícola numa província como Zambézia não são alcançados e não se percebe os factores que impedem o cumprimento.

E não só na produção, a questão das vias de comunicação que iriam garantir o escoamento dos produtos agrícolas é outra dor de cabeça que Guebuza leva da Zambézia.

Será este o fim do FIM?

Com a saída do Guebuza da Zambézia e pior depois destas constatações todas, há quem diga que Francisco Itai Meque (FIM), deve estar a caminho do calvário, mas por culpa própria.

Aqui já não se pode comparar com aquilo que aconteceu com Jesus Cristo que morreu para salvar as pessoas do pecado, segundo as sagradas escrituras. A culpa vai morrer solteira, se for o caso e, esta não pode ser atirada a ninguém.

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