Um guarda das obras de construção do novo campus universitário do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande (ISCTAC), na Beira, de nome Jeremias Thembo, 34 anos, encontra-se detido acusado de roubo de mais de 70 sacos de cimento e uma quantidade enorme de varões, pregos e arames.
De acordo com o jornal Diário de Moçambique, que cita fonte da Polícia da República de Moçambique (PRM), o cimento e os varões em causa foram roubados na quinta-feira pelo guarda das obras e vendido a um cidadão, cuja identidade não foi revelada, o mesmo que viria a ser surpreendido pela Polícia na posse de parte do material prestes a ser revendido no mercado.
O chefe da secção de imprensa do Comando Provincial da PRM de Sofala, Mateus Mazibe, disse que o cimento e os varões recuperados fazem parte do lote do material alocado pelo ISCTAC na zona do Estoril, no bairro de Macúti, na Beira, para a construção do seu campus universitário, cujas obras arrancaram em Outubro passado, com o lançamento da primeira pedra.
Segundo Mazibe, para conseguir lograr o seu objectivo, Thembo mobilizou outros guardas de obras naquela zona para o ajudar a evacuar o material na noite do dia 18 deste mês, o qual viria a ser carregado por uma viatura de um cidadão, cuja cor e marca a PRM não nos forneceu. “Concretizado o crime, o indiciado arranjou pedaços de garrafa com que se feriu para transparecer que sofreu um assalto. Depois de uma investigação aturada concluímos que o autor do roubo era ele mesmo. Aliás, ele confessou ter participado no roubo e disse que o fez para conseguir dinheiro das festas do Natal e do fim-de-ano”, disse Mazibe.
O cimento e os varões roubados, segundo a fonte, foram vendidos ao preço de dez mil meticais, contra os 14 mil que o indiciado diz ter colocado como proposta ao comprador. Tanto o vendedor como os restantes guardas que ajudaram Thembo a manusear a referida carga ninguém está detido, mas a Polícia garante estar em curso um trabalho visando aferir o seu grau de culpabilidade de modo a responder pelo crime cometido
. O director administrativo do ISCTAC, Luela Saíde, confirmou anteontem ter havido roubo de material de construção nas novas obras daquele estabelecimento de ensino superior na zona de Estoril e disse que o acto foi perpetrado por um guarda. “O guarda tentou simular o roubo. Felizmente conseguimos recuperar parte do material. Este caso não vai afectar o decurso normal das obras apesar termos registado atraso de um ou dois dias”, disse Saíde.