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Grupo Metil acusado de falsas promessas

Contra todas as espectativas da população de Nampula, o Grupo Metil, accionista de várias empresas na Tanzania, é acusado de fazer falsas promessas sobre a reactivação da extinta Texmoque, S.A.R.L.

O Grupo Metil adquiriu as acções daquela unidade fabril há cerca de quatro anos, tendo-a denominado Nova Texmoque, Lda, sob alegação de que pretendia retomar a actividade, algo que, entretanto, não está a acontecer até este momento.

Em carta datada de 12 de Agosto de 2009, cuja cópia se encontra em nossa posse, os proprietários da Nova Texmoque tentaram ludibriar o governador da província, Felismino Tocoli, ao afirmarem que procederiam a reabilitação parcial da fábrica, bem como a substituição de determinada maquinaria em estado obsoleto dos departamentos de fiaçao e tecelagem, com outra de tecnologia moderna, afim de imprimir maior eficiência ao respectivo processo produtivo.

Na mesma ocasião, avançou-se, igualmente, a possibilidade do aumento da capacidade anual de produção, de 650 mil metros lineares de capulanas para 1.200 mil metros lineares, e o recrutamento de 450 de jovens para a sua mão de obra, contra os 150 que existiam naquela altura.

Porém, volvido mais de um ano embora, a fábrica continua confinada apenas ao processo de estampagem das capulanas produzidas na Tanzania e importadas para o nosso país através de diversos canais.

Fontes fidedignas confidenciaramnos que grande parte das capulanas pintadas e vendidas naquela unidade fabril são encomendadas pela Organização da Mulher Moçambicana (OMM) e outras organizações sociais ligadas ao partido Frelimo, cujos membros as revendem, depois, a preços especulativos nos grandes centros urbanos, sobretudo, em datas comemorativas.

A reportagem do Wamphula fax que, esta semana, escalou a fábrica foi, igualmente, informada que diverso equipamento adquirido recentemente na vizinha África do Sul, acabou por ser desviado para Tanzania.

Para confirmarmos tais alegações, tentamos ouvir a contraparte, mas sem sucesso porque ninguém se dispôs a falar sobre o imbróglio.

O governo da província ainda não se pronunciou à volta desta matéria, conquanto reconheça as suas implicações numa altura em que o flagelo do desemprego está no centro das preocupações.

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