O distrito de Angoche está apostado na produção intensiva de mel, aproveitando o potencial que o exercício da apicultura oferece para a geração de renda para as famílias rurais com impacto na redução dos níveis de pobreza absoluta, bem como da prática das queimadas descontroladas que ameaçam a extinção de algumas espécies faunísticas e florestais.
Com efeito, 44 membros em representação das comunidades do posto administrativos de Boila-Namitória beneficiaram de uma acção de capacitação, de duas semanas, em técnicas modernas de apicultura promovida pelos serviços provinciais de floresta e fauna bravia e da organização mundial para a conservação da natureza WWF.
O responsável da repartição de Florestas e Fauna bravia na direcção provincial de Agricultura em Nampula, Imede Falume, destacou a importância da capacitação, aludindo que vai contribuir para a intensificação da actividade de produção de mel por parte dos apicultores locais, com impacto não somente em termos de renda como na conservação da biodiversidade ameaçada pela prática de queimadas descontroladas.
Reconheceu que o distrito de Angoche tem estado a produzir mel em quantidades consideráveis. Contudo, a margem de lucros é ainda irrisória e, para elevar os ganhos dos apicultores, o governo através do sector de florestas e fauna bravia e parceiros, vai colocar à disposição embalagens e etiquetas para conferir uma imagem que oferece segurança no seio dos consumidores.
Adicionalmente, vai expandir as acções de formação de apicultores em técnicas de produção e extracção do mel e seus derivados com recurso às novas tecnologias.
Ilha de Moçambique e Monapo são os distritos seleccionados para a segunda fase de treinamento, privilegiando grupos de apicultores organizados, segundo Imede Falume, que destacou que o mel tem múltiplos usos, nomeadamente alimentar, medicinal, cultural e na silvicultura.
