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Grécia faz greve contra plano de austeridade do governo

Milhares de trabalhadores gregos participavam esta quinta-feira em uma greve convocada pelos sindicatos comunistas e da esquerda radical em protesto contra o plano de austeridade anunciado pelo governo para tirar o país do abismo financeiro e que não tranquilizou os mercados.

Cerca de 4.000 assalariados e funcionários dos sindicatos da educação secundária (OLME) marcharam de maneira pacífica pelo centro de Atenas para protestar contra esse programa de ajuste que deve pôr fim a muitos benefícios do setor público.

A Frente de Luta Sindical (PAME), surgida do ultraortodoxo Partido Comunista (KKE), e a União da Esquerda Radical SYRIZA convocaram uma greve geral em todo o país. A poderosa União de Jornalistas de Atenas (ESYEA) se uniu ao movimento social, deixando o país sem jornais e telejornais. Os serviços da agência nacional Ana também estavam suspensos. Mais de 60 manifestações estão previstas nas principais cidades do país para este primeiro teste para os socialistas, no poder desde 4 de outubro e confrontados com uma crise financeira sem precedentes.

O primeiro-ministro grego Georges Papandreou apresentou um plano de reformas estruturais que promete que o déficit da Grécia será reduzido a menos de 3% do PIB em 2013, ao anunciar novas medidas para tirar seu país da crise. O premier grego se apressou em revelar seu plano de retomada econômica para reduzir a pior dívida já conhecida pelo país, um exercício difícil entre a exigência dos mercados e uma opinião pública inquieta.

Na semana passada, Papandreou descartou recorrer a uma ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirar a Grécia de sua difícil situação financeira, ao mesmo tempo em que rejeitou qualquer risco de quebra. A dívida da Grécia chegou a 300 bilhões de euros (442 bilhões de dólares), a mais elevada na história moderna desse país, informou o vice-ministro das Finanças Philippos Sahinidis, na quinta-feira, ao parlamento. O déficit orçamentário da Grécia também é o mais elevado dos últimos 16 anos.

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