As constantes ameaças da Renamo, ex- movimento armado em Moçambique e do seu líder, Afonso Dhlakama estão a semear um ambiente de instabilidade social no seio das autoridades governamentais que começaram a acautelar-se de uma eventual manifestação promovida por aquele partido da oposição. Em Nampula, onde Dhlakama reside desde princípios de 2009, mas que raramente aparece em publico, o governador da província, Felismino Ernesto Tocoli já reforçou a sua segurança pessoal, uma medida antecedida do processo de substituição de alguns agentes da polícia com quem trabalhou nos últimos anos.
Face a esta decisão, agentes de protecção de altas individualidades em serviço na sua residência oficial, que se localiza numa das movimentadas avenidas da cidade, montaram já uma “cancela humana” para impedir a circulação de pessoas, em locais muito próximos a residência, situação há muito desmantelada.
A medida está a merecer questionamentos nos vários círculos de opinião, apesar do Comandante provincial da Polícia, Alfredo Mussa sustentar que se trata apenas de uma questão de segurança. Em qualquer canto do mundo a segurança é uma prioridade sobretudo quando se trata de edifícios onde residem personalidades de VIP. Disse Mussa, em resposta ao Wamphula fax.
Refira-se que a Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, já apareceu publicamente a reiterar a intenção de promover, à escala nacional, uma manifestação popular em repúdio aos resultados eleitorais de 2009 que conduziram ao partido Frelimo e o seu candidato, Armando Guebuza, ao poder.
Afonso Dhlakama que sofreu derrotas sucessivas, por quatro vezes, fala da alegada crise política, económica e social no país como o móbil desta manifestação, ainda sem data marcada.