O Governo moçambicano, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), está a estudar formas de subsidiar o processo de reversão de fontes de energia hídrica distribuída pela empresa Electricidade de Moçambique (EDM) para o gás natural canalizado em residências da província de Maputo.
A situação é justificada pelo facto de o actual valor estabelecido para a reversão (45 mil meticais) ser “proibitivo” para a maioria dos maputenses de baixa renda, que ainda preferem usar fontes hídricas nas suas residências, pois a sua instalação é mais viável em termos económicos, reconheceu a ENH, empresa distribuidora do gás natural canalizado.
Desde o início da distribuição de gás canalizado em Maputo, este ano de 2014, somente as unidades industriais e empresas usam aquele sistema, de um total de 200 clientes requerentes, sendo que nenhum particular até ao momento requisitou a reversão.
Entretanto, cenário contrário assiste-se em Vilanculos, província meridional de Inhambane, onde se estima que cerca de mil famílias locais já usam gás natural canalizado nas suas residências, situação que foi possível graças a um “pacote bonificado”.
Refira-se que a rede de distribuição de gás natural em Maputo deverá consumir pelo menos seis milhões de Giga Joules (GJ) de gás por ano, num projecto gerido pela ENH em parceria com a Korea Gas Corporation (Kogas). Porém, actualmente a quantidade de gás em distribuição é de cerca de 150 mil GJ, pelo menos na cidade de Maputo.