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Governo quer mais cimenteiras no país

O Governo de Moçambique quer mais fábrica de produção de cimento a operar no país para responder a crescente demanda deste produto. Segundo o Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, a procura do cimento é muito grande no país e a Cimentos de Moçambique que possui três fábricas nas três regiões de Moçambique não consegue satisfazer o mercado.

As três unidades fabris da empresa Cimentos de Moçambique, nomeadamente da Matola, província de Maputo, Dondo (em Sofala), Nacala (Nampula), no sul, centro e norte do país respectivamente, abastecem o mercado nacional em apenas 80 por cento. As três fábricas produzem anualmente 960 mil toneladas de cimento, sendo que da Matola produz 600 mil, Dondo, 240 mil, e Nacala, 120 mil, quando as necessidades do mercado apontam para muito mais.

Face a esta situação, o Governo moçambicano decidiu liberalizar o mercado de cimentos a partir de 2012 para permitir a entrada de outras empresas do ramo no país. “A procura de cimento é muito grande no país, mas não existe satisfação, por isso o governo aceitou abrir o mercado a partir de 2012. O Governo está interessado na entrada de mais fábricas para satisfazer as necessidades do mercado. Esperamos que a Cimentos de Moçambique continue a produzir mais”, disse.

O ministro acrescentou que “queremos que haja mais investimentos no sector de cimentos porque as construções estão a crescer no país e precisamos de mais fábricas de cimento no país”. Existem muitas empresas, sobretudo estrangeiras, interessadas em investir na produção de cimentos em Moçambique, impulsionadas pela existência em abundância de matérias- primas, nomeadamente o calcário e argila. Os gestores da empresa Cimentos de Moçambique consideram “bem-vinda” a entrada de novas empresas de produção de cimento no país, porém alertam para a necessidade destas pautarem por “boas práticas”.

O Administrador para a área comercial da Cimentos de Moçambique, Luís Diniz, disse a AIM que o Governo deve prestar especial atenção para os importadores de cimento que muitas vezes trazem um produto de qualidade duvidosa e fogem ao fisco. “Novas cimenteiras são sempre bem-vindas, desde que se concorra em pé de igualdade do mercado, o que significa que da mesma maneira que nós pagamos impostos e outros direitos, os outros devem ter o mesmo tratamento e postura. Esperamos que a qualidade do cimento importado seja boa porque às vezes é duvidosa”, defendeu. Entretanto, Diniz revelou a AIM que a empresa está a fazer investimentos de grande vulto com o intuito de aumentar a produção para responder a demanda do mercado.

“O Gabinete de Investimentos da CIMPOR (Cimentos de Portugal) já aprovou o pacote global de 130 milhões de Euros para investir nas três fábricas. Estamos na fase final da assinatura dos contratos para iniciar as obras”, referiu. No âmbito deste investimento previsto para os próximos três anos, a fábrica da Matola terá um novo moinho que deverá ser montado dentro dos próximos 12 meses. Enquanto isso, em Dondo, será montada uma nova linha integrada para a produção de cimento aumentado a sua capacidade em mais 1500 toneladas por dia, perfazendo um total de 2300 toneladas/diárias.

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