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Cimentos de Moçambique: crise financeira afecta acesso a créditos bancários

A crise financeira global afectou a empresa Cimentos de Moçambique ao nível de financiamento, uma vez que o acesso a créditos bancários ficou difícil desde a eclosão desta turbulência económica ao nível mundial.

Segundo o administrador para a área comercial, Francisco Ilídio Diniz, desde a eclosão da crise financeira internacional o acesso ao financiamento é mais difícil na banca, sobretudo porque os investimentos do sector de cimentos são elevados. “Sentimos impacto da crise do ponto de vista financeiro. O acesso ao financiamento é mais difícil na banca, sobretudo porque a indústria de cimentos é muito grande e quando se tem que fazer empréstimos são valores elevados”, disse.

De acordo com informações da empresa Cimentos de Moçambique, a crise financeira internacional está a afectar negativamente a realização de algumas actividades previstas no Plano de Gestão Ambiental aprovado pelo Governo há cerca de três anos. Assim, algumas actividades não especificadas estão atrasadas, sendo que a empresa está a realizar acções prioritárias definidas no plano.

Diniz sublinhou que do ponto de vista de produção industrial, a crise financeira não teve influência, porque a indústria de materiais de construção tem registado um crescimento sustentável. “Do ponto de vista industrial e de produto não sentimos qualquer interferência ou impacto da crise. Do ponto de vista de produção, vendas e consumo estamos a registar um crescimento de 10 por cento em relação ao ano passado”, explicou.

O mercado de cimentos moçambicano é dominado pela Cimentos de Moçambique, a qual coloca no mercado nacional 960 mil toneladas de cimento por ano. Outra maior fatia é constituída pelo Cimentos de Moçambique: crise financeira — (Cont.) cimento importado da vizinha África do Sul. A Cimentos de Moçambique ocupa o 14º lugar no ranking das “100 Maiores Empresas” de Moçambique edição 2008, uma pesquisa levada a cabo pela empresa de auditoria e consultoria, KPMG.

Com um volume de negócios avaliado em 83.8 milhões de Dólares Norteamericanos, equivalente a dois biliões de meticais, a Cimentos de Moçambique subiu quatro lugares no ranking das “100 Maiores Empresas”, de 2007 para 2008. Ao nível do sector da Industrial, a Cimentos ocupa o segundo lugar desde 2006, seguindo a Mozal, fundição de alumínio.

A Cimentos de Moçambique é uma empresa do Grupo Cimpor (Cimentos de Portugal), que detém 82 por cento das acções sendo que as restantes são partilhadas entre o Estado moçambicano, Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).

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