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Governo moçambicano autoriza venda das acções da Cove Energy

A companhia estatal tailandesa anunciou, Quarta-feira, a recepção duma carta do governo moçambicano que aprova a sua oferta no valor de 1,9 biliões de dólares para a aquisição das acções da Cove Energy, uma companhia britânica.

A Cove é detentora de 8,5 por cento das acções da Área 1, na Bacia do Rovuma, ao largo da costa de Cabo Delgado.

A Cove também detém 10 por cento das acções dum bloco para a exploração de hidrocarbonetos onshore em Cabo Delgado.

Nesta região, a operadora da área de exploração, a companhia norte-americana Anadarko Petroleum, já descobriu cerca de 50 triliões de pés cúbicos de gás natural recuperável.

Porém, qualquer aquisição carece da aprovação do governo moçambicano, e está sujeita ao pagamento de uma taxa de 12,8 por cento. Para a aquisição da Cove, a PTT superou a oferta de 1,8 biliões de dólares feita pela Royal Dutch Shell, uma multinacional petrolífera com sede em Londres.

A decisão do governo moçambicano vem contrariar as especulações de alguns analistas que acreditavam que o governo moçambicano teria uma preferência especial pela Shell devido a sua larga experiência na liquefacção de gás natural.

Segundo aquela companhia tailandesa, “a recepção desta autorização por escrito confirma que o governo moçambicano deposita uma grande confiança nas capacidades da PTT”.

Para a aquisição das acções, a PTT mobilizou financiamentos através de um empréstimo-ponte de um ano no valor de 1,5 biliões de dólares no banco suíço UBS. Contudo, tudo depende dos accionistas da Cove Energy de aceitar ou rejeitar a oferta.

A Shell afirma que a sua oferta no valor de 220 centavos de libra por acção mantém-se válida até 13 de Junho, tendo aquela multinacional anunciado que também está a ponderar outras opções.

O preço das acções da Cove Energy subiu na quarta-feira para atingir 258 centavos de libra por acção, um valor consideravelmente superior ao valor de 240 centavos de libra oferecidos pela PTT. Isso sugere que os accionistas da Cove poderão estar a aguardar por uma melhor oferta.

A Anadarko detém 36,5 por cento das acções da Offshore Área 1, num consórcio que também inclui a Mitsui do Japão (20 por cento), BPRL Ventures and Videocon (ambas da Índia com 10 por cento cada uma) e a Cove Energy (8,5 por cento).

O governo moçambicano faz-se representar pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, detentora de 15 por cento das acções no referido consorcio.

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