O Governo moçambicano diz ter identificado cerca de 913 mil hectares de terra ociosa. Segundo o Ministro moçambicano da Agricultura, José Pacheco, este dado corresponde a cerca de 37 por cento da área total autorizada para ser explorada, por singulares e empresas, durante o período de 2005 a 2010.
Contudo, Pacheco, que falava esta quarta-feira no parlamento moçambicano, na sessão reservada as informações do Governo que se prolongará até Quinta-feira, não disse o que será feito com esta terra. Naquela ocasião, o Ministro indicou ainda que foi concluído o zoneamento agro – ecológico na província central moçambicana da Zambézia. Este processo está também em curso nas províncias de Sofala (Centro), Nampula e Cabo Delgado (Norte do país), prevendo-se o seu término no presente ano de 2011.
Este exercício, segundo Pacheco, vai permitir uma melhor gestão da terra. Quanto a área florestal, o Ministro afirmou que com base em resultados de inventários florestais, decidiu-se redimensionar a atribuição de licenças, para além de se ter reflorestado cerca de 12.990 hectares com diversas espécies florestais exóticas e nativas.
No que tange a canalização das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos, Pacheco disse que desde a implementação desta medida, em 2005, foram beneficiadas 738 comunidades com cerca de 96 milhões de meticais (um dólar EUA equivale a cerca de 27 meticais). Cabe as comunidades locais definirem, através dos seus próprios mecanismos, a prioridade na utilização destes valores. “Conforta-nos constatar que na maior parte das vezes as comunidades têm priorisado a alocação dos fundos na aquisição de moageiras, abertura de furos de água, aquisição de bicicletas, construção de casas, fomento caprino e desenvolvimento de pequenos negócios”, sublinhou o Ministro da Agricultura.