O Governo moçambicano diz estar a trabalhar no sentido de esclarecer o caso do empresário Mohamed Bachir Suleman, que esta semana foi apontado pelos Estados Unidos da América (EUA) como barão da droga estrangeiro. “Os órgãos estão a trabalhar para podermos esclarecer este caso em tempo útil”, disse esta sexta-feira, em Maputo, o Ministro moçambicano do Interior, José Pacheco, quando solicitado pela imprensa para reagir este caso.
O nome do empresário moçambicano foi colocado na lista dos barões de droga na passada Terça-feira pelos EUA que também impuseram sanções que, entre outras, implicam o congelamento dos seus bens em território norteamericano. Igualmente, os EUA proibiram as instituições e cidadãos norte-americanos de manter qualquer contacto com Bachir, presidente do Grupo MBS.
No seu contacto com a imprensa, o Ministro do Interior disse que o Governo moçambicano nunca foi notificado pelas autoridades norte-americanas para poder colaborar sobre este caso. Por outro lado, Pacheco disse que, ao nível do país, Mohamed Bachir tem uma ficha criminal limpa. “É uma preocupação que este caso seja esclarecido o mais rápido possível”, garantiu o governante. Ainda hoje, fonte da Procuradoria-geral da República (PGR) foi citada afirmando ser cedo demais para se pronunciar em relação às acusações do Governo norte-americano.
Contudo, segundo fonte da PGR citada pelo matutino “Noticias”, caso o trabalho em curso de recolha de dados esteja concluído, Mohamed Bachir Suleman será notificado a fim de prestar declarações. Ainda nesta Sexta-feira, o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, disse que o assunto sobre Bachir Seleman estava a seguir os trâmites legais e que o Governo está disposto a colaborar (com as autoridades norte-americanas) no que for necessário.