O governo moçambicano e as confissões religiosas assinaram, quinta-feira, em Maputo, um memorando de princípios para garantir uma intervenção clara na promoção da educação no país.
Assinaram o acordo o vice-ministro da educação, Augusto Jone, em nome do governo e os representantes das confissões religiosas nacionais nomeadamente o Conselho Cristão de Moçambique, Conselho Islâmico, Comunidade Maometana, Associação Muçulmana, Igrejas Reformistas e Independentes.
O acordo é válido por tempo indeterminado. O vice-ministro disse na ocasião que o acordo com as confissões religiosas surge num momento em que urge expandir e melhorar a qualidade de educação no país.
Segundo Jone, o acordo surge em resposta aos constantes apelos lançados pelo Governo para uma maior participação das confissões na promoção da educação, com ênfase na componente cívica e moral, sobretudo das crianças e jovens.
“O homem precisa de ferramentas científicas para compreender o mundo, mas deve saber ser e estar, bem como viver em comunidade com os outros, daí a importância deste memorando que hoje assinamos” defendeu Jone.
Por seu turno, o director de programas especiais no Ministério da Educação (MINED), Eurico Banze explicou que o sector está preocupado com acesso, através da criação de infra-estruturas escolares, qualidade, que exige material adequado.
A questão da gestão escolar e apetrechamento das escolas técnicas preocupa sobremaneira das autoridades de educação no país. “Eles podem intervir em todas essas áreas, mas a materialização deste acordo vai ocorrer de acordo com a disponibilidade das confissões religiosas” referiu.
O Presidente do Conselho das Religiões de Moçambique, Sheik Aminudin disse na ocasião que a educação é parte fundamental de qualquer sociedade, o que distingue o ser humano de outros animais.
O Sheik Aminudin garantiu que as confissões religiosas estão comprometidas em contribuir para melhorar a qualidade de ensino e dar mais moral a educação, para que no futuro o país possa ter modelos de homens e profissionais.