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Governo dispensa apoio da SADC para resolver o impasse com a Renamo

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) manifestou, esta quinta-feira (28), em Maputo, a sua disponibilidade para ajudar Moçambique a ultrapassar o desentendimento entre o Governo e a Renamo e, por conseguinte, a tensão político-militar que tem como hipocentro o Centro do país. Todavia, o ministro moçambicano da Defesa Nacional, Filipe Nyussi, disse que o país ainda pode resolver o problema internamente, sem a intervenção externa.

O governante, que falava para os órgãos de Comunicação Social, num encontro com os seus homólogos da SADC, sobre Defesa e Segurança, reiterou que ainda existe capacidade humana local capaz de alcançar consenso, com base no diálogo.

Refira-se que os ataques no Centro de Moçambique persistem, pese embora de forma ocasional, de há dias para cá. Enquanto isso, o diálogo político entre o Governo e a Renamo está interrompido, pois o partido liderado por Afonso Dhlakama exige a intervenção de mediadores estrangeiros e nacionais.

Filipe Nyussi considerou que a manutenção da paz e a estabilidade económica em Moçambique são factores cruciais para maximização do desenvolvimento e aumento da produção, trocas comerciais e redução da pobreza, pese embora ainda sejam preocupantes para toda a SADC.

Num outro desenvolvimento, o ministro afirmou que a existência de partidos políticos armados no país é ilegal. E no caso da Renamo houve excesso de tolerância por parte do Governo. Sem fazer menção aos desmandos perpetrados pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), sobretudo pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e pela Força de Intervenção Rápida (FIR), Filipe Nyussi acusou ainda a Perdiz de estar a fomentar medo, intranquilidade e incerteza no país, e citou como exemplo disso os ataques armados que ocorrem no posto administrativo de Muxúnguè, na província de Sofala.

“Estamos a trabalhar para identificar, neutralizar e prender os indivíduos que estão a atacar civis inocentes e assegurar a realização de acções que impulsionem o crescimento económico e social”, disse Nyussi, para quem as Forças de Defesa e Segurança não estão a perseguir a Renamo nem o seu líder, mas sim, os que fomentar medo e insegurança no seio da população.

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