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Governo de Mocuba faz entrega simbólica de 15 casas num distrito com milhares de pessoas à espera de ajuda

Dez idosos e cinco famílias de crianças órfãs, que se encontravam albergados no Centro de Reassentamento Mocuba Sisal, por conta das cheias do ano passado, receberam casas, na passada sexta-feira (22), na cidade de Mocuba, província da Zambézia, onde só no distrito de Mocuba existem pelo menos 25 mil cidadãos que aguardam, desesperadamente, por um gesto similar, pois não dispõem de condições para reerguerem os seus domicílios. O número de necessitados tem vindo a aumentar em cada época chuvosa devido à capacidade de resposta por parte das autoridades governamentais.

Em 2015, as inundações deixaram Mocuba de rastos ao destruírem infra-estruturas e residências, maior parte destas erguidas com material precários e que se encontravam em zonas propensas a calamidades naturais. Trata-se de um problema que está também relacionado com o desordenamento territorial e proliferação de assentamentos informais.

As 15 casas oferecidas na semana finda, apetrechadas com mobiliário modesto, foram construídas com base em tijolos, parte dos quais fabricados pelos próprios beneficiários, com o apoio do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e do Ministério do Género, Criança e Acção Social.

Raúl Dinis, chefe do gabinete provincial de reassentamentos no INGC, disse que os idosos, alguns dos quais abandonados pelos parentes, tiveram prioridade porque fazem parte do grupo que não dispõe de condições mínimas para reerguer as suas casas por conta própria.

Determinadas famílias atingidas pelas calamidades, mas que reúnem condições para reconstruir as suas casas sem o apoio das autoridades, receberam uma ajuda que consiste em chapas de zinco entre outros materiais.

Segundo Raúl Dinis os distritos de Nicoadala, Namacurra, Lugela e Maganja da Costa, também afectados pelas cheias no ano passado, são os próximos a serem abrangidos pela iniciativa. Na província da Zambézia foram planificadas, numa primeira fase, 80 residências.

Dinis Namissope, de 62 anos de idade, foi um dos contemplados. Após as enchentes na bacia do Licungo, ele foi abandoado pelo único filho, pelo que teve de ser albergado no Centro de Reassentamento Mocuba Sisal, onde vivia em precárias. De acordo com o ancião, doravante a sua vida vai melhorar, mas pede para que o governo local não se esqueça das outras pessoas que ainda se encontram no centro.

Luísa Afonso, é outra idosa beneficiária mas não guarda boas recordações do dia em que a sua moradia foi arrastada pelas águas.

Por seu turno, a ministra do Género, Criança e Acção Social, Cidália Chaúque, pediu aos beneficiários para que façam o bom uso das casas, de modo a garantir a sua durabilidade.

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