O governo moçambicano aprovou na última quinta-feira(7) a proposta que ratifica o Acordo Ortográfico de língua portuguesa, a ser submetido a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, para aprovação. Só depois de submetido ao mais alto órgão legislativo para efeitos de discussão e análise é que o mesmo será, por fim, aprovado e subsequentemente entrar em vigor.
Segundo o chefe da diplomacia moçambicana, Oldemiro Baloi, a demora do país na adesão tem a ver com tentativa de clarificar e ganhar a dimensão total das implicações de natureza financeira e organizativa.
‘Nós falamos a língua portuguesa mas com algumas características muitas próprias. Temos um grande peso das línguas nacionais. Como é que isso interage com este acordo ortográfico? E depois, é a questão da sua ampla divulgação. Está aqui imenso trabalho a fazer entre a ratificação e a plena entrada em vigor’, explicou Baloi.
O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional firmado em 1990 com o objetivo de criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa.
O Acordo Ortográfico pretende instituir uma ortografia oficial unificada para a língua portuguesa, com o objetivo explícito de pôr fim à existência de duas normas ortográficas divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua oficial portuguesa, contribuindo assim para aumentar o prestígio internacional da língua.