O chefe do Governo líbio de Salvação Nacional instalado em Tripoli, Khalifa Ghwell, decretou o Estado de “extrema emergência” na capital e em todas as províncias do país que ele controla, materializando assim a sua vontade de se opor-se à instalação na cidade do Governo de União Nacional que resulta do acordo de paz concluído sob a égide das Nações Unidas.
Ele indicou que o Conselho de Ministros esteve em sessão permanente e encarregou o Ministério da Defesa, o Serviço Geral da Inteligência e as Brigadas dos Revolucionários de tomar medidas estritas de segurança e de intensificar as patrulhas e os controlos.
Segundo testemunhas, tanques pertencentes aos grupos armados foram desdobrados nas zonas de Dharhara e Zaouiet Dahmani, em pleno centro de Tripoli.
Estas medidas seriam em reacção às informações que anunciavam a chegada à capital de alguns membros do Conselho Presidencial do Governo de União Nacional.
Lembre-se que o primeiro-ministro do Governo de Salvação Nacional, Khalifa Ghwell, advertiu o presidente e os membros do Conselho Presidencial de Reconciliação Nacional contra a sua vinda a Tripoli, garantindo que “esta medida é ilegal” e agitando a ameaça contra os seus membros.
Mas o Conselho Presidencial do Governo de Reconciliação Nacional apelou sábado último a todas as instituições soberanas e às autoridades públicas do Estado, em particular às instituições financeiras formais, para tomar as disposições para a transferência do poder.
O Governo de Salvação Nacional foi formado pelas forças de Fajr Libya (Madrugada da Líbia) após a ocupação da capital Tripoli em agosto de 2014.
