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Governo cubano contradiz os dissidentes sobre o número de presos

Cuba revelou, Terça-feira, que as suas penitenciárias abrigam 57.337 presos, cifra bastante inferior à divulgada por dissidentes, que acusam as cadeias da ilha de serem locais onde os direitos humanos são sistematicamente violados.

O Granma, jornal oficial do Partido Comunista, citou o dado num extenso artigo no qual afirmou que o sistema carcerário respeita as normas e os princípios da ciência penal internacional, além de oferecer “as melhores práticas de tratamento para reclusos” e envolvê-los em projectos educativos, trabalho remunerado e prática desportiva.

Segundo o Granma, entre os 11,2 milhões de cubanos há 31.494 presos em regime fechado, e 25.843 em regime aberto.

Em Abril, a Comissão Cubana de Direitos Humanos, um grupo ilegal, mas tolerado pelo regime, disse que havia na ilha entre 70 e 80 mil presos, sem contar um número “indeterminado de condenados a trabalho obrigatório sem internação”.

Na ocasião, a Comissão disse ter documentado pelo menos nove casos de presos políticos nos meses de Março e Abril.

Naquele relatório, Elizardo Sánchez, porta-voz da Comissão, disse que o sistema carcerário cubano é “como a face oculta da lua, pouco conhecida”, e destacava as más condições de higiene e saúde.

O Granma não detalhou cifras de presos comuns ou políticos. O governo cubano nega ter presos políticos, aos quais descreve como “contra-revolucionários” a serviço dos EUA.

“Apesar das dificuldades económicas que o país teve de afrontar, não justificou-se nunca a negação da justiça, nem invocou-se ameaça de qualquer tipo para desnaturalizar ou desconhecer os direitos fundamentais das pessoas privadas de liberdade”, disse o Granma.

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