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Governo cria Serviço Nacional de Sangue para mobilizar e recrutar dadores

Olegário Muanantatha, director do Centro de Referência Nacional de Sangue, defendeu, numa entrevista ao @Verdade, em Junho passado, a existência de numa entidade vocacionada a lidar com o assunto relacionado com o sangue de forma “autónoma”. E na terça-feira (15), o Executivo respondeu, anunciando, no fim da 44ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, a criação do Serviço Nacional de Sangue (SENASA), uma entidade cujo propósito é promover a política de sangue seguro, estabelecer um serviço semi-centralizado com a concentração dos recursos tecnológicos e humanos.

De acordo Mouzinho Saíde, porta-voz do Governo e vice-ministro da Saúde, uma das vantagens do SENASA é simplificação dos procedimentos logísticos e de manutenção dos equipamentos laboratoriais e treinamento dos seus técnicos.

Olegário Muanantatha, disse-nos também que “nós ainda estamos a ter dificuldades” em assegurar a regularidade na doação do sangue. Só “temos 50 mil a 60 mil dadores regulares e há aqueles que apanhamos esporadicamente. A cidade de Maputo precisa de 50 mil unidades/ano, das quais metade é consumida pelo Hospital Central de Maputo (HCM)”.

Num outro desenvolvimento, o dirigente daquela instituição do Estado, manifestou a sua preocupação com o facto de que haver falta do líquido vital nas províncias tais como Gaza e Tete, onde as unidades colhidas e inutilizadas devido ao VIH/SIDA são elevadas. Todavia, os cidadãos ainda não têm a consciência de que doar sangue é “salvar vidas, ajudar os que necessitam e transferir saúde de uma pessoa para outra”.

Anualmente, o país necessita de cerca de 240 mil unidades de sangue, das quais se consegue entre 170 mil e 180 mil. “O tempo máximo de uma bolsa de sangue colhido é de 41 dias (…)”.

Na altura, Olegário Muanantatha considerou que “o mito da oferta das camisetas”, como forma de atrair doadores, deve ser evitado e, acima de tudo, “se se oferecer comida a um dador de sangue corre-se o risco de se ter um perfil de dadores esfomeados. As pessoas podem salvar vidas sem exigirem nada em troca. É dever de todos os moçambicanos alimentar um espírito de solidariedade e humanismo.

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