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Governo compromete-se a “limpar” o país de minas até 2014

Mesmo reconhecendo as dificuldades que acompanham o processo, as autoridades moçambicanas comprometem-se a desminar completamente o país até finais de 2014, procurando, desta forma, cumprir as directivas deixadas pela Convenção de Ottawa.

A meta está inserida no Plano Nacional de Acção contra Minas, estabelecida em 2002 como resultado de uma pesquisa do impacto de minas realizado em 2000 com vista a conhecer as áreas minadas, segundo recordou o Director do Instituto Nacional de Desminagem, Júlio Braga.

A acção visa, basicamente, levar a cabo acções de identificação das zonas minadas, remoção e destruição das minas plantadas durante os conflitos armados que fustigaram o país.

Alguns resultados do plano indicam que, em todo país, 68.6 milhões de m2 foram libertos de minas, o correspondente a destruição de 101.420 minas terrestres. Entretanto, muitas minas, acredita-se, estejam ainda plantadas em vários cantos do território nacional.

Duas principais razões estão relacionadas com o facto de as minas estarem muito dispersas tendo em conta que os conflitos armados atingiram todo o território nacional, assim como, questões relacionadas com a disponibilidade de fundos.

Em 2010, o país conseguiu libertar 136 áreas anteriormente minadas, o correspondente a 6 milhões de metros quadrados depois de no ano anterior (2009) ter apenas conseguido retirar mina numa área de 3.2 milhões de metros quadrados.

O total de minas retiradas do solo no ano passado alcança os 880 minas terrestres e 362 engenhos explosivos.

Ainda no que tange ao trabalho que ainda deve ser feito, sabe-se, dos 128 distritos que perfazem a divisão administrativa do país, apenas 37 são considerados como estando livres de minas. Quer isto dizer que 91 distritos ainda não foram “checados” pelas missões de desminagem.

Júlio Braga justificou, igualmente, a morosidade na remoção das minas e engenhos explosivos, com o argumento da extrema complexidade e risco, dada a enorme densidade de minas implantadas em vários locais do país, sobretudo em campos minados que servem para a protecção de algumas infra-estruturas importantes para o desenvolvimento do país.

Exemplos concretos foi a necessidade de garantir a protecção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, as torres de transporte de energia de alta tensão Maputo -Komatiport, as vias ferroviárias do Limpopo, Beira -Machipanda e Salamenga.

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