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Governo burkinabe trabalha sem salário há três meses

O Presidente burkinabe, Roch March Christian Kaboré, declarou no fim de semana, em Bobo-Dioulasso, que, desde a sua posse em janeiro último, o seu Governo trabalha sem salário, reafirmando o seu compromisso de reduzir as despesas do Estado.

“Eu posso dizer-lhes que desde que começamos a trabalhar, a 12 de Janeiro último, os ministros estão aqui e ninguém recebeu um único franco de salário até à altura em que eu lhes falo”, declarou Kaboré, em conferência de imprensa por ocasião dos seus 100 dias de poder. “Mesmo se vocês nos vêem de vez em quando de gravata , estamos de gravata contra a nossa vontade. Mas estamos aqui para o trabalho”, ironizou.

Kaboré foi eleito logo na primeira volta das eleições presidenciais de 29 de Novembro de 2015 com 53,63 porcento dos sufrágios, num escrutínio que pôs termo a 13 meses de transição política na sequência da insurreição popular de Outubro de 2014 que destituiu Blaise Compaoré do poder.

Na quarta-feira última, Kaboré e o seu primeiro-ministro decidiram limitar os seus créditos de telecomunicações a 400 mil francos CFA (cerca de 34.500 meticais) por mês, a fim de reduzir as despesas do Estado.

Esta medida, uma primeira do género no Burkina Faso, afecta igualmente alguns ministros, nomeadamente, os da Defesa, da Segurança e dos Negócios Estrangeiros. Os presidentes de instituições e outras personalidades da categoria de ministro verão também os seus créditos de telecomunicações limitados a 200 mil francos CFA (cerca de 17.250 meticais).

O Governo anunciou além disso medidas de economia das despesas de utilização de água, da electricidade e do telefone na Administração Pública.

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