O Conselho Nacional de Ensino Superior (CNES) reprovou o projecto de candidatura para a entrada em funcionamento do Instituto Superior de Ciências, Tecnologia e Profissional por apresentar deficiências técnicas inaceitáveis e, o segundo, do Instituto Superior de Estudos Nativos e Desenvolvimento, por propor cursos cuja cobertura legal seria difícil.
Segundo o jornal Notícias, este último projecto, revisto e expurgado de tudo quanto possa ferir o ordenamento jurídico actual e ainda melhorado tecnicamente, poderá ser submetido para apreciação na próxima sessão do CNES.
De acordo com o jornal Notícias, o CNES recomendou para a aprovação, pelo Conselho de Ministros, uma única instituição, a Universidade Nachingweya, propriedade do partido Frelimo.
Todas as propostas são de instituições com sede na província do Maputo, e as mesmas foram apreciadas no decurso da Sessão do Conselho Nacional do Ensino Superior. Moçambique possui até agora 41 instituições de Ensino Superior. As últimas a serem autorizadas a funcionar são o Instituto Superior de Estudos de Defesa (pública), a funcionar na província do Maputo, e duas privadas, sendo uma em Sofala, a Universidade Adventista de Moçambique, e outra em Gaza, mais concretamente no posto administrativo de Macuácua, o Instituto Superior de Gestão de Negócios. Projecções do Ministério da Educação indicam que o Ensino Superior deverá crescer 56 porcento nos próximos dez anos, ou seja, passará dos actuais 10.1300 para 158 mil estudantes.
Este aumento vai exigir a formação de 2900 novos docentes, aumento de novos espaços educativos em cerca de 30 porcento da capacidade actual e um investimento em infra-estruturas no valor de cerca de 4,4 mil milhões de meticais. De 11 instituições desta natureza que o país dispunha em 2000, até o ano passado havia 38, entre públicas e privadas. No mesmo período, passou-se de 13200 para mais de 100 mil estudantes.