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Governo aprova ambicioso programa de produção de sementes melhoradas

O Governo moçambicano aprovou ontem, terça-feira, na 22ª sessão ordinária do Conselho de Ministros um ambicioso programa de produção de sementes melhoradas, que deverá arrancar na presente campanha agrícola. Até 2014/15, a previsão é pôr a disposição dos camponeses e dos demais um total de 262 mil toneladas de sementes contra as actuais seis mil toneladas que são produzidas.

Segundo o jornal Diário de Moçambique, citando o ministro da Agricultura,  José Pacheco, das seis mil toneladas de sementes produzidas, 50 por cento são de milho, 32 por cento de arroz e 18 por cento de culturas diversas, dados estes que por si só mostram o quanto os níveis de produção de sementes melhoradas ainda continuam muito baixos no país.

Outro problema que inquieta as autoridades governamentais é o facto de neste presente momento só 10 por cento dos produtores agrários moçambicanos tirarem benefício de semente melhorada. Outros 90 por cento continuam a usar o grão como semente, factor que tem impacto directo na produtividade agrária. “ Este programa nacional, de fortalecimento de cadeias de sementes, tem como objectivo geral a disponibilidade e acesso de sementes melhoradas aos produtores e desta feita fazer da agricultura um negócio. Em termos de objectivos específicos, temos o aumento da produção de sementes à escala nacional, melhorar e expandir a rede de distribuição de sementes sobretudo nas zonas rurais, aumentar a capacidade de processamento e conservação de sementes, fortalecer e fortificar as empresas produtoras de sementes” sublinhou.

Num outro desenvolvimento, Pacheco disse que o programa vai custar 1.5 mil milhões de meticais, grande parte dos quais visa o reforço da capacidade de duas instituições vitais da cadeia de produção de sementes, como sejam a Empresa Moçambicana de Sementes (SEMOC) e o Instituto Nacional de Cereais de Moçambique (INCM). “Estas empresas têm que estar à altura de corresponder com o impacto desta base de produção de sementes, que vai aumentar a produção de forma drástica. Desta feita, não podemos correr o risco de os nossos produtores aumentarem a sua produtividade sem a garantia de comercialização dos excedentes” sustentou.

Ainda na sessão de ontem, o Governo apreciou informações relativas à implementação do plano de acção multi-sectorial para a redução da desnutrição crónica, os relatórios nacionais combinados sobre a implementação da convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher.

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