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Governador desmente ocorrência de fome em Inhambane

O governador de Inhambane, Agostinho Trinta, refuta informações segundo as quais verificamse bolsas de fome em alguns distritos do interior da província, a exemplo de Funhalouro, onde se reporta que a população enfrenta problemas de falta de alimentos.

Agostinho Trinta reagia aos dados que constam do relatório do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) dando conta de que a população de Funhalouro está a passar momentos críticos de falta de comida e precisa de apoio em produtos alimentares básicos. “A situação da segurança alimentar em Funhalouro foi aprofundada numa sessão com todos os administradores distritais. As informações que tivemos depois de uma análise profunda são de que não há fome em Inhambane”, disse Agostinho Trinta, citado pelo “Diário de Moçambique”.

Trinta falava numa conferência de imprensa destinada a fazer o balanço do primeiro ano da sua governação, tendo vincado que “não há fome na província” graças à entrega e envolvimento da população na produção de comida. O governador afirma ter se deslocado, na companhia de membros do seu elenco, a Funhalouro, onde se reuniu com a população e o que se conseguiu identificar é a fome de desenvolvimento, fome de abastecimento de água potável, falta de sementes de milho e amendoim, falta de energia eléctrica e de estradas.

Durante a visita, segundo explicou, as pessoas disseram que estavam preocupadas com a comercialização dos excedentes agrícolas, como a castanha de caju, bem como galinhas e cabritos. “Os métodos de avaliação usados pelo SETSAN são da fome que não é dos moçambicanos. Os padrões usados são de âmbito internacional, que estão aquém do nosso nível de desenvolvimento, pois, além da disponibilidade de alimentos, contemplam os critérios nutricionais definidos pelo Programa Mundial de Alimentação. Mas, para chegar a esses padrões, Moçambique precisa de muitos anos de árduo trabalho”, afirmou Trinta.

O governador realçou que a fome a que o relatório se refere não é uma fome de Moçambique, mas sim do Programa Mundial de Alimentação, tendo em conta que nos dados do relatório todos os moçambicanos então com fome. ‘O relatório refere-se a uma fome construída’, afirmou. “O SETSAN é que definiu a fome da província de Inhambane. Esta informação não corresponde à verdade. Até começamos a desconfiar. Levam-nos a pensar que querem dizer-nos para pararmos, cruzarmos os braços e ficarmos à espera deles para nos darem de comer, porque não temos frango e vinho para servir à mesa”, desabafou o governador.

Ainda no seu balanço, Agostinho Trinta disse que a província de Inhambane registou um crescimento na ordem 13.8 por cento até ao final do terceiro trimestre deste ano, se comparado com igual período do ano passado, destacando que os sectores que mais se notabilizaram foram os da agricultura, obras públicas e saúde.

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